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O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB), admitiu que a não votação da reforma da previdência se trata de uma "derrota pessoal" em Brasília, no entanto ponderou que o tema vai sair do Congresso Nacional e seguir para campanha eleitoral. "Vai ser um dos assuntos principais e quem disser que ela é desnecessária estará mentindo".
Em entrevista coletiva, na sede estadual do MDB, em Campo Grande, Marun explicou que o governo federal até tentou seguir com a reforma e a intervenção no Rio de Janeiro, no entanto poderia haver problemas jurídicos. "Foi então que o presidente optou por focar na segurança e deixar a reforma para depois, é claro que não fiquei feliz".
Ele ponderou que caso o grupo político que defende a reforma vença as eleições neste ano, o assunto pode voltar para pauta em novembro ou dezembro. "Ela (reforma) é necessária e vai ser feita, mas poderá ocorrer com atraso, tendo que tomar medidas mais duras e abruptas para sociedade".
O ministro reconheceu que o Planalto "não tinha os votos necessários" para aprovar a previdência, por isso a questão da segurança virou prioridade. "Considero uma derrota para todo Brasil, e era minha primeira missão como ministro que teve que ser adiada, só temos a lamentar", reconheceu.
Marun tinha revelado desde o começo do mês, que o governo precisava de mais 40 votos para conseguir aprovar a reforma e que caso a questão não fosse votada em fevereiro, iria sair da pauta do Congresso Nacional, em função da eleição.