Um grupo de parlamentares do PSOL protocolou na Procuradoria Geral \n da República (Ministério Público Federal) uma representação contra a \n apresentadora Rachel Sheherazade e o SBT por apologia ao crime. O grupo \n foi recebido pelo procurador-geral Rodrigo Janot. Assinaram a \n representação o líder do PSOL na Câmara, deputado Ivan Valente (SP), o \n deputado Chico Alencar (PSOL/RJ), o deputado Jean Wyllys (PSOL/RJ), o \n senador Randolfe Rodrigues (PSOL/AP), a deputada Érika Kokay (PT/DF), o \n deputado Renato Simões (PT/SP) e a representante do Fórum Nacional pela \n Democratização da Comunicação e Intervozes, Beatriz Barbosa. "A \n violência é feita em palavras pela Sheherazade tentando justificar uma \n violência absurda. E ela diz isto num meio de comunicação que é uma \n concessão", afirmou Ivan Valente. "A liberdade de imprensa, que é \n importante e necessária, não poder ser refúgio de declarações \n irresponsáveis", destacou o deputado. O procurador-geral Rodrigo\n Janot informou que será aberta investigação e que, por isso, naquele \n momento, não poderia se manifestar sobre o caso. Janot falou sobre o \n programa "Segurança sem Violência", lançado na semana passada, e disse \n que "nenhum tipo de violência, seja em atos ou palavras, contribui para a\n construção de um momento civilizatório". Entenda o caso \n No jornal "SBT Brasil", da última terça-feira, 4, a jornalista exaltou a\n atitude de "justiceiros", do bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro, que\n tiraram a roupa de um menor suspeito de praticar crimes na região, \n cortaram parte da sua orelha e o acorrentaram pelo pescoço a um poste. \n Ao comentar a notícia, a âncora do telejornal classificou a atitude \n como uma "legítima defesa coletiva" e, em tom irônico, lançou a campanha\n "Adote um marginal", dirigindo seus comentários aos que condenaram a \n violência cometida contra menor.