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Brasil
22/03/2013 06:43:36
Qualidade de rios em nove estados está ruim ou regular, aponta estudo
Avaliação foi feita por ONG em 30 rios, córregos e um açude do Brasil. Nesta sexta-feira (22) é comemorado o Dia Mundial da Água.

G1/PCS

Rio Pratagy, em Maceió (AL) foi considerado regular pela análise feita pela ONG SOS Mata Atlântica (Foto: Divulgação/SOS Mata Atlântica)
\n \n Avaliação feita em 30 rios, córregos e um açude, distribuídos por nove\n estados, indica que a qualidade da água de 70% dos locais analisados é regular\n e os 30% restantes tem nível ruim.
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\n Nenhum dos pontos de coleta conseguiu a soma necessária para alcançar os níveis\n bom ou ótimo, de acordo com a análise feita pela organização não-governamental\n SOS Mata Atlântica, divulgada na véspera do Dia Mundial da Água, comemorado\n nesta sexta-feira (22).\n \n De acordo com a ONG, 27 rios, dois córregos e um açude foram analisados\n entre janeiro e dezembro do ano passado em São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará,\n Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia e Sergipe. Destes\n corpos d’água, 26 foram verificados pela primeira vez.\n \n Segundo o estudo, nove rios tiveram a qualidade da água classificada como\n ruim.\n \n Entre eles está o trecho do Paraíba do Sul que passa por Volta Redonda (RJ),\n o Capibaribe, no Recife, e o Cubatão, localizado na cidade de mesmo nome, na\n Baixada Santista (SP).\n \n Entre os que foram classificados com a qualidade regular estão os rios\n Jaguaribe, em Salvador (BA), Macacos, no Rio de Janeiro (RJ), Potengi, em Natal\n (RN) e Maranguapinho, em Fortaleza (CE).\n \n As análises que melhor tiveram resultado foram as do Rio Vaza-Barris, em\n Aracajú (SE) e do Rio Pratagy, em Maceió (AL) -- apesar de terem sido\n classificadas como regulares.\n \n Segundo Malu Ribeiro, coordenadora do Programa Rede das Águas, o\n monitoramento indica que os rios das grandes cidades brasileiras estão com “a\n qualidade bem longe do ideal” e serve de alerta para que “as pessoas fiquem\n atentas e cobrem do poder público ações para transformar essa realidade”.
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\n Qualidade das águas no Brasil
\n Apesar do desenvolvimento do país e enriquecimento da população, o Brasil ainda\n não conseguiu alcançar 100% da coleta de esgoto, principal causador de poluição\n hídrica no país.
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\n De acordo com o relatório “Conjuntura dos Recursos Hídricos”, divulgado em 2011\n pela Agência Nacional de Águas (ANA), o país coleta 56,6% do esgoto doméstico\n urbano.
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\n Entretanto, apenas 34% deste volume passa por tratamento. Além deste problema,\n não existe ainda uma rede integrada de monitoramento da qualidade das águas.
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\n Segundo a ANA, em nove estados ainda não existem quaisquer pontos de medição de\n possíveis alterações. Além dos sete estados da região Norte, Santa Catarina e\n Maranhão não verificam os dados.
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\n O governo prevê para 2015 uma integração de dados sobre a qualidade da água que\n vai possibilitar a verificação de 4.400 pontos de coleta instalados em rios,\n nascentes e reservatórios.
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\n Investimentos
\n Nesta quinta-feira (21), a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira,\n anunciou que serão liberados R$ 100 milhões ao longo de cinco anos para ajudar\n os estados a adotarem medidas para gestão de seus recursos hídricos.
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\n O objetivo, disse a ministra, é incentivar o fortalecimento dos Sistemas\n Estaduais de Gerenciamento de Recursos Hídricos, “desde sofisticar a medição e\n a qualidade de dados, como contratar gente, ajudar os estados a contratar\n pessoal especializado”.\n \n Segundo informou o presidente da ANA, Vicente Andreu, os recursos serão\n disponibilizados mediante o cumprimento de metas por parte do estado. “A ideia\n é construir um sistema nacional para a governança eficaz dos recursos hídricos\n que garanta a oferta de água em quantidade e qualidade, no futuro, em todo o\n território nacional”, comentou.
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\n Águas subterrâneas
\n Existe ainda a preocupação com as águas subterrâneas, que começaram a ser\n analisadas devido ao risco de contaminação por esgoto não tratado e resíduos\n industriais.
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\n Em 2011, a União liberou R$ 15 milhões para que investigações e testes fossem\n feitos em bacias como a rio Amazonas, no Norte, e São Francisco, no Nordeste.\n Os estudos ainda não foram concluídos.
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\n Segundo a ANA, a expansão das cidades, com mais indústrias e bairros, muitas\n vezes sem infraestrutura de saneamento básico, pode já ter causado a\n contaminação do solo de reservatórios naturais, mesmo aqueles localizados a uma\n profundidade que varia de 80 metros a 1.000 metros de profundidade.\n \n \n