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Brasil
03/03/2014 09:00:09
Salgueiro e Beija-Flor conseguem do público grito de campeã
No primeiro dia de desfiles do Grupo Especial no Sambódromo do Rio, a Beija- Flor e a Salgueiro arrancaram gritos de é campeã do público das arquibancadas da Praça da Apoteose, onde ocorre a dispersão dos componentes.

Agência Brasil/AB

No\n primeiro dia de desfiles do Grupo Especial no Sambódromo do Rio, a \n Beija- Flor e a Salgueiro arrancaram gritos de é campeã do público das \n arquibancadas da Praça da Apoteose, onde ocorre a dispersão dos \n componentes. A Salgueiro foi a quinta escola a passar pelo Sambódromo e \n mostrou o enredo Gaya, a Vida em Nossas Mãos que destaca o cuidado com o\n planeta Terra, usando a representação dos quatro elementos: água, \n terra, ar e fogo, simbolizados pelos orixás Iansã, xangô, Ossain e \n Yemanjá. No início do desfile houve pequenos problemas na entrada de \n carros na avenida, mas foi resolvido rapidamente e a escola pôde \n prosseguir. Na comissão de frente a figura de Gaya levitava no centro do\n carro com um truque usado pela coreografia e se tornou um ponto de \n encantamento do público.\n A Beija-Flor encerrou o primeiro dia de desfile e recebeu ainda a \n saudação de a campeã voltou. A agremiação de Nilópolis, na Baixada \n Fluminense, apresentou o enredo Astro Iluminado da Comunicação \n Brasileira, uma homenagem ao diretor de televisão José Bonifácio de \n Oliveira Sobrinho, o Boni. A escola veio repleta de artistas. A comissão\n de frente trouxe o símbolo da escola: o beija-flor voando. Os \n integrantes estavam pendurados em uma estrutura metálica e faziam \n acrobacias imitando o voo do pássaro. Um dos carros da escola estava \n mais alto que a torre de fotógrafos e cinegrafistas próximo à Apoteose e\n parte da fantasia do destaque, em cima do carro, foi danificada.\n A primeira escola a entrar na avenida foi a Império da Tijuca. O enredo \n Batuk esquentou o público e marcou o ritmo forte de tradições africanas.\n O samba também ajudou, com o "Vai tremer, o chão vai tremer" no refrão.\n As festas africanas, o carro abre-alas – com som de tambores – e o \n casal de mestre-sala e porta-bandeira, que representava as etnias \n guerreiras, também empolgaram o público. Por ter sido a campeã no ano \n passado da Série A, a escola do Morro da Formiga, na Tijuca, zona norte \n do Rio, subiu para a elite do carnaval carioca. No fim do desfile, o \n presidente da agremiação, Antônio Marcos Teles, o Tê, estava satisfeito \n com a apresentação da escola. " A Império da Tijuca veio para não ser \n mais a última, agora, a colocação a gente só vai saber na quarta-feira \n [dia da apuração das notas do Grupo Especial]", disse.\n A Acadêmicos do Grande Rio veio em seguida e trouxe o enredo Verdes \n Olhos de Maysa sobre o Mar, no Caminho: Maricá mostrando as belezas da \n cidade da região dos lagos do Rio por meio do olhar de Maysa. A cantora \n morou lá nos anos 70. A escola levou ainda para a avenida alegorias e \n alas de insetos, flores e frutas, porque segundo o enredo, foi no \n município que Charles Darwin criador da Teoria da Evolução teve o \n primeiro contato com a biodiversidade da Mata Atlântica. A comissão de \n frente animou o público. Era um navio pirata e do alto um homem era \n lançado para uma rede por um canhão. Toda vez que o movimento era \n repetido o público delirava.\n O ator Jayme Matarazzo, neto de Maysa, e o diretor de televisão, Jayme \n Monjardim, filho dela, vieram acompanhando no chão, o carro onde a \n cantora Tânia Mara, mulher do diretor, representava a artista. A família\n estava emocionada com a homenagem. "É lindo. É parte da nossa história.\n Parte da história que eu acho que precisa ser contada que é das \n mulheres fortes do Brasil. Das mulheres que fizeram diferença na nossa \n cultura. Fico feliz de ser próximo, parente e neto de uma pessoa tão \n importante" , disse Jayme Matarazzo.\n Terceira agremiação a se apresentar, a São Clemente, que costuma \n escolher temas que tratam de questões sociais levou este ano a Favela \n para a avenida. A escola de Botafogo, na zona sul do Rio, teve na \n animação dos componentes um ponto forte do desfile. No segundo setor, \n identificado como cidade maravilha da Beleza e do caos, em alusão à \n música Rio 40 graus, fez referência a diversas comunidades e as alas \n representaram a Babilônia, a Rocinha, o Complexo do Alemão, a Dona \n Marta, a Mangueira e o Salgueiro.\n A quarta escola foi a Estação Primeira de Mangueira que apresentou o \n enredo A Festança Brasileira Cai no Samba da Mangueira. O público já \n entoava o samba antes mesmo de a bateria entrar no local reservado aos \n integrantes, perto do Setor 1.\n A vendedora Kelly Luz mora em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio, e \n chegou ao Sambódromo às 19h30 para ver a Mangueira. Junto com a família,\n incluindo a avó, de 95 anos, levou até comida para aguentar a noite \n inteira de desfiles. Ela contou que há 20 anos compra ingressos no Setor\n Popular 1 para ver a escola do coração. " Todo ano eu venho, mas só no \n dia da Mangueira. Estou com a minha avó. Ela tem 95 anos e me acompanha \n nesses 20 anos", disse ansiosa pouco antes da escola iniciar o desfile.\n Apesar de ter uma boa resposta do público, a Mangueira sofreu com a \n passagem de um carro na torre dos fotógrafos e dos cinegrafistas, \n próximo à Praça da Apoteose. A alegoria era mais alta e acabou tendo uma\n parte danificada. Para o presidente da escola, Francisco de Carvalho, o\n Chiquinho da Mangueira, a escola não deve perder ponto porque a \n alegoria já tinha passado pelos jurados.\n A cantora Alcione, figura de destaque da Mangueira, que estava bastante \n animada durante todo o desfile, passou mal em frente ao Setor 11, já \n próximo à dispersão. Ela sentiu câimbras e foi atendida por uma equipe \n de assistência do Corpo de Bombeiros.