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O Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu liminar (decisão provisória) para suspender mandado de prisão expedido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo há cinco dias contra o ex-goleiro Edson Cholbi do Nascimento, conhecido como Edinho, filho do ex-jogador Pelé.
A liminar foi concedida pelo ministro Antonio Saldanha Palheiro em recurso movido pela defesa do ex-goleiro. A Corte ainda julgará o mérito da ação em data indefinida. Na decisão, o ministro afirma que Edinho pode continuar recorrendo em liberdade porque ainda não se esgotaram as possibilidades de recurso na segunda instância – o próprio TJ-SP.
“Não houve esgotamento da jurisdição na instância ordinária, uma vez que (…) o acórdão (do TJ-SP) apontado como coator foi prolatado em 23 de fevereiro de 2017 e ainda não foi publicado, havendo possibilidade de interposição de recursos e de revisão do julgado pela Corte local”, escreveu Palheiro na decisão.
Edinho, 46 anos, foi condenado em maio de 2014 pela juíza Suzana Pereira da Silva, da 1ª Vara Criminal da Praia Grande (SP), a 33 anos e quatro meses de prisão por envolvimento com o tráfico de drogas. Em recurso ao TJ-SP, a defesa do ex-goleiro conseguiu reduzir a pena para 12 anos e dez meses em regime fechado. O TJ-SP, no entanto, apesar de reduzir a punição, determinou a imediata prisão de Edinho para cumprir a sentença imposta.
Carreira
Sob a sombra do pai, o maior ídolo do futebol brasileiro, Edinho foi goleiro do Santos em duas passagens – uma entre 1990 e 1991 e a outra entre 1994 e 1998 -, mas ficou mais conhecido por sua prisão e envolvimento com o tráfico de drogas do que pelas suas atuações dentro de campo.
Ele foi condenado com outras quatro pessoas: Ronaldo Duarte Barsotti de Freitas, o “Naldinho”, Clóvis Ribeiro, o “Nai”, Maurício Louzada Gherardi, o “Soldado”, e Nicolas Aun Júnior, o “Veio”. A primeira vez que o ex-jogador foi preso foi em 2005, quando o Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) deflagrou a Operação Indra, prendendo mais de 50 pessoas envolvidas com o comércio de entorpecentes, entre elas Edinho, por seu envolvimento nos negócios de Barsotti. Depois de seis meses em prisão provisória, o ex-goleiro foi solto com liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Ele voltou a ser preso duas vezes em 2014, a primeira em julho e a segunda em novembro, quando conseguiu um habeas corpus para aguardar a conclusão do processo em liberdade.