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Brasil
04/07/2012 06:50:10
Supermercados serão obrigados a distribuir sacolas resistentes no RS
O governo do Rio Grande do Sul vai obrigar os supermercados a fornecer aos clientes somente sacolas plásticas fabricadas de acordo com as normas da ABNT (Associação Brasileiras de Normas Técnicas).

Folha/PCS

\n \n O governo do Rio Grande do Sul vai obrigar os supermercados a fornecer aos\n clientes somente sacolas plásticas fabricadas de acordo com as normas da ABNT\n (Associação Brasileiras de Normas Técnicas). \n \n O objetivo é priorizar o consumo de embalagens mais resistentes, evitar o\n desperdício e, assim, reduzir a quantidade distribuída. \n \n A iniciativa, a ser implantada por decreto, é apoiada pela indústria do\n plástico e pelos supermercados gaúchos. Com sacolas mais duráveis e com\n capacidade de carregar mais mercadorias, o setor estima redução de 20% no total\n utilizado no Estado. \n \n Segundo a indústria do plástico, o Rio Grande do Sul é pioneiro nessa\n regulamentação --alguns fabricantes que não seguiriam a regra porque produzem\n sacolinhas mais baratas, com quantidade menor de plástico. \n \n A indústria afirma que a maioria das sacolas não é carregada completamente\n nos caixas dos mercados. Também diz que a medida representa um contraponto à\n restrição que vigorou em São\n Paulo até a última semana. \n \n As sacolas fora das normas custam menos, mas também são menos resistentes e\n mais finas. A ABNT manda a embalagem, por exemplo, informar quantos quilos\n suporta. \n \n MUDANÇA DE HÁBITO \n \n Para a Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis,\n isso mudará o hábito de consumidores de usar duas sacolinhas para carregar\n produtos pesados, o que gera desperdício. \n \n No Rio Grande do Sul, a obrigação atingirá mercados e estabelecimentos\n comerciais que tenham a partir de quatro caixas em operação. \n \n No Congresso, nas Assembleias Legislativas paulista e fluminense e também na\n Câmara de São Paulo tramitam projetos de lei semelhantes à proposta gaúcha. \n \n O Procon-SP diz, como as regras da ABNT não são obrigatórias, é preciso\n haver lei determinando esse padrão. \n \n "Não é uma medida tão drástica quanto a de São Paulo, em que a\n sociedade não estava preparada e teve que retroceder", diz a promotora\n gaúcha Têmis Limberger. \n \n Para o físico Rogério Parra, do laboratório de embalagem do IPT (Instituto\n de Pesquisas Tecnológicas), a indústria vem apoiando programas do tipo tentando\n se antecipar a propostas de proibição do uso. "Estavam antevendo que\n haveria essa onda porque fora do Brasil já perseguiam as sacolinhas", diz.