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Brasil
15/08/2015 10:57:00
TJ troca os carros dos juízes por veículos 0km ao custo de R$ 23,8 milhões

Extra-G1/LD

O Tribunal de Justiça (TJ) do Rio de Janeiro vai trocar os 311 veículos — a maioria é do modelo Passat e fabricada entre 2008 e 2010 — por 246 Jettas ano 2015, zero quilômetro. A substituição da frota que atende aos juízes e desembargadores custará R$ 23,8 milhões e será publicada na próxima segunda-feira no Diário da Justiça Eletrônico.

De acordo com a assessoria de imprensa do TJ, que passou a informação ao EXTRA, a renovação dos carros, entretanto, trará uma economia de R$ 9,4 milhões aos cofres públicos. Isso porque o Passat custa, em média, R$ 135 mil e o valor do Jetta é de aproximadamente R$ 96 mil. O cálculo feito pelo TJ utiliza, porém, valores referentes a um Passat 2015 zero quilômetro. A assessoria ainda alega que haverá uma redução de 21% do número de veículos e que os modelos adquiridos serão menos poluentes e têm menor custo de manutenção.

— A manutenção de um carro com mais de cinco anos de rodagem é mais cara do que a troca da frota por um veículo mais novo, que não demanda manutenção durante um bom tempo. Estamos fazendo uma compra e nos é dada uma garantia de cinco anos. Quer dizer, durante cinco anos, teremos assistência técnica. Isso demonstra que eles esperam que nesse tempo não aconteça nada — afirma o presidente do TJ, desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho.

Segundo o magistrado, parte da frota antiga será colocada em leilão, com uma previsão de arrecadação total de R$ 11,1 milhões. Luiz Fernando explicou que os carros são utilizados para o transporte de ida e volta para o trabalho e, eventualmente, para idas a solenidade em que o juiz represente o TJ:

— Este não é carro para passeio, para viajar ou ser utilizado de qualquer outra maneira. O Tribunal tem plena confiança nos seus juízes, mas se houver exceções, deverão ser apuradas.

Em nota, a assessoria do TJ justifica a renovação da frota baseando-se na Instrução Normativa 162/1998 da Secretaria da Receita Federal, que estima em cinco anos a vida útil dos carros de passageiros.