Em seis meses os proprietários da Neo viram a casa esvaziar até que \n resolveram fechar a boate. Sábado foi a última noite da balada de música\n eletrônica. Chateado, um dos sócios é enfático ao dizer que nunca mais \n investe em entretenimento em Campo Grande.\n \n “Aqui as pessoas gostam de dormir e de comprar remédio. É só parar \n para ver. Aqui é a terra das farmácias e das lojas de colchão”, diz Joel\n Dibo.\n \n Filho de família tradicional de Campo Grande, a condição de \n campo-grandense dá o direito a Joel fazer algumas críticas como alguém \n que cresceu aqui. Apesar de negócios em São Paulo, ele optou por morar \n em Mato Grosso do Sul, mas agora parece mais ressentido do que nunca.\n \n “A cidade é muito estranha. Em Campo Grande não abro nunca mais uma \n casa noturna. Vou investir em outros estados, aqui não comporta um \n projeto legal”.\n \n O empresário, que tem sócios produtores de shows, também reclama do \n que considera retrocessos dos últimos anos. "Não há incentivos para quem\n trabalha com entretenimento. Espaços de shows são fechados, nada pode".\n \n Sócio na Hot Hot,uma da principais baladas de São Paulo, e também do\n Garage Cuiabá, Joel comenta que a casa na capital do Mato Grosso \n passará por uma grande reforma, “porque lá vale o investimento”.\n \n Ele lembra a lotação na inauguração da Neo, como “tudo em Campo \n Grande”, um consumo passageiro. A boate lotada durou apenas 1 ano e \n desde janeiro percebe queda de 50% no público.\n \n A abertura da Neo em Campo Grande, com capacidade para 400 pessoas, \n criou um espaço para atrações nacionais da cena eletrônica, \n principalmente da House Music. Joel dividiu a empreitada com os \n empresários Cegonha, Jamelão e Rafael Black.\n \n A casa funcionava na rua 15 de Novembro e tinha uma noite dedicada ao público gay.\n \n \n