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Cidades
06/02/2013 11:45:38
Cassems rejeita venda de prédio e Câmara volta a ter três opções para mudança
Os vereadores da Câmara de Campo Grande aguardam o julgamento da ação de despejo movida pela Haddad Engenheiros Associados contra a prefeitura, por falta de pagamento de alugueis.

Midiamax/PCS

\n \n Os vereadores da Câmara de Campo Grande aguardam o julgamento da\n ação de despejo movida pela Haddad Engenheiros Associados contra a prefeitura,\n por falta de pagamento de alugueis. O resultado do julgamento só deve sair\n depois do Carnaval, mas, mesmo com o otimismo, os parlamentares já pensam em um\n plano B, que seria a desocupação do prédio. \n \n Um dos locais defendido pelos vereadores e tido como carta na\n manga pelo presidente da Câmara, Mário César (PMDB), é o prédio ao lado do\n Albano Franco, que pertence a Caixa de Assistência a Saúde dos Servidores do\n Estado de Mato Grosso do Sul. Porém, o local deve sair das possibilidades,\n visto que a Cassems não pretende negociar o imóvel. \n \n A assessoria de imprensa da Cassems informou que o prédio vai\n receber o Hospital Municipal da Cassems, com previsão de início de obras em junho\n e entrega em dois anos. A assessoria considerou a expectativa furada e\n assegurou que o terreno já está legalizado em nome da Cassems. A assessoria\n lembra ainda que a construção do prédio foi uma das propostas para a eleição de\n Ricardo Ayache na presidência da Cassems. \n \n Com a exclusão do prédio na Mato Grosso, os vereadores ficam com\n três outros possíveis endereços: Shopping Marrakech, na Rua Antonio Maria\n Coelho, esquina com a Rua 25 de dezembro; antiga sede da Sanesul, na rua\n Euclides da Cunha, e outro prédio ainda não divulgado, localizado na saída para\n São Paulo. \n \n O julgamento do pedido de despejo dos vereadores da Câmara de\n Campo Grande foi marcado por reviravolta na tarde desta terça-feira (5). O\n placar, que antes era de 2 a 0 a favor do despejo, agora está em 1 a 1, com\n voto de Marco André Nogueira Hanson contra o despejo e do relator Oswaldo\n Rodrigues de Melo a favor do despejo. O desembargador Rubens Bergonzi Bossay\n pediu vistas, adiando o julgamento para depois do Carnaval. \n \n Marco André considerou que a Câmara e a prefeitura deveria pagar o\n aluguel apenas até dezembro de 2007, quando foi feita a desapropriação. Desta\n maneira, entende que o prédio agora pertence ao poder público e cabe a\n proprietária, Haddad Engenheiros Associados, pedir o valor referente a\n indenização. \n \n O entendimento de Marco André foi rechaçado pelo relator do\n processo, desembargador Oswaldo Rubens. Ele avaliou que o Tribunal de Justiça é\n uma instância recursal, o que não cabe a justificativa de que a juíza negou a\n necessidade de citar a Câmara. Para Oswaldo Rubens a ação de despejo é simples.\n “Não pagou, rua. Não julgo com política, mas com direito”, criticou o\n desembargador, ressaltando que a Câmara não tem personalidade jurídica em casos\n de ação patrimonial. “Não é nem moral manter uma situação dessa. Já passou da\n hora de resolver esta questão”, concluiu. \n \n Os proprietários solicitaram o despejo por falta de pagamento de\n alugueis, em uma dívida que pode chegar a R$ 11 milhões. Eles também são\n contrários a desapropriação e não querem mais vender o imóvel, avaliado por\n eles em R$ 30 milhões. A Câmara de Campo Grande tenta garantir na Justiça o\n direito de permanecer no prédio, solicitando a desapropriação por um preço\n definido pelo TJ-MS.