Sheila Forato
Por volta das 12 horas desta quarta-feira (4), o rio Taquari estava meio metro acima do nível normal. A régua pluviométrica da Praça do Flutuante em Coxim marcava 4,55 metros, ou seja, 55 centímetros acima do considerado normal pela Defesa Civil, que é de 4 metros.
Apesar da elevação, o rio ainda não está transbordando, mas, deixa as autoridades em alerta. O mesmo acontece com a população ribeirinha. A previsão é que continue chovendo em toda região norte de Mato Grosso do Sul, aumentando ainda mais o nível do Taquari.
O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) alerta para chuvas intensas, classificadas como perigosas, até quinta-feira (5). A chuva deve dar uma trégua no final de semana, conforme o Clima Tempo, porém, volta a chover na segunda-feira (9).
As chuvas tem causado vários estragos em Coxim. Leia mais em notícias relacionadas.
Há quem diga que a situação está semelhante a 1989, quando Coxim sofreu com uma grande enchente, no mês de janeiro. “Tá com cara de 1989, começou assim, lembro muito bem”, escreveu a ex-prefeita de Coxim, Dinalva Mourão, num grupo de WhatsApp. Outros integrantes concordaram com ela e confirmaram as semelhanças.
Coxim já sofreu com algumas enchentes, mas, que estava aqui em 1989 afirma que nenhuma se compara com aquele ano. Há relatos que água do rio Taquari chegou até a esquina do Banco do Brasil, a aproximadamente 200 metros da margem do rio.
A página Coxim de Coração, no Facebook, tem publicada uma foto do rio Taquari, nessa época. A imagem foi cedida por Eliene Peckelhoff, de acordo com a publicação de sete anos. Nela, muitos relatos de pessoas que vivenciaram a enchente. Leusbeth Carvalho, mãe do cantor sertanejo João Bosco, da dupla com Vinícius, escreveu: “Foi um dia horrível para muitos, minha casa ficou cheia de água e barro”.
Apesar da pouca idade na época, 6 anos, Giovana Martins Cruz disse ter lembranças da chuva intensa. “De repente a água veio com uma força violenta e abriu a porta de correr (que estava trancada). Foi marcante essa imagem em minha mente”, relatou nas redes sociais.
Pelo sim ou pelo não, o ideal é que autoridades e moradores das margens do rio Taquari mantenham o alerta e se possível tomem providências para proteger documentos, móveis, animais e principalmente preservar vidas.