Sheila Forato
O MPF (Ministério Público Federal) está investigando três convênios firmados na gestão do ex-prefeito Zelir Antonio Maggioni (PMDB), o Mano, em Sonora. Para instruir os procedimentos, o procurador da República, Ricardo Tadeu Sampaio, encaminhou ofício a Câmara de Sonora, pedindo qualquer tipo de informação sobre as supostas irregularidades.
No documento, o procurador informou que as supostas irregularidades são na aplicação de verbas federais destinadas ao município provenientes de três convênios.
Entre as obras suspeitas está a pavimentação asfáltica, com guias e sarjetas, na rua das Indústrias, avenida João Leite Schimidt, avenida das Chácaras, rua das Sucupiras e avenida Marcelo Miranda Soares. Para tanto, o governo federal destinou R$ 1 milhão, com contrapartida de R$ 231.973,43 da prefeitura.
A obra de drenagem de águas pluviais na rua 03 de Outubro também é alvo de investigação. Para execução o município recebeu R$ 500 mil, com contrapartida de R$ 51.304,82.
A construção do Centro de Educação Proinfância na rua Marechal Cândido Rondon com rua das Aroeiras também está sendo investigada. Neste caso, foram destinados R$ 700 mil do governo Federal e R$ 157.495,57 do município.
Mesmo assim, a empresa responsável pela obra executada na gestão passada não deu conta de finalizar. Em agosto de 2013, a obra do CEI foi motivo de debate na câmara de Sonora.
O vereador Ezequiel Reginaldo dos Santos (PDT) lembrou que na administração de Mano a obra foi tocada por duas empresas, sendo que uma recebeu, ainda na gestão de Mano, mais de R$ 200 mil por serviços não executados. Durante a discussão, o parlamentar ainda perguntou: "Quero saber quem vai pagar a conta?".
Em setembro do ano passado, o deputado federal Antônio Carlos Biffi (PT/MS), articulador do recurso para construção do CEI, declarou que faltou responsabilidade por parte do ex-prefeito para finalizar a obra, paralisada desde 2012. Para Biffi, Mano deveria ter rescindido contrato com a empresa que ganhou a licitação assim que percebeu a "enrolação".