CG News/AB
Mato Grosso do Sul já vive uma das maiores epidemias de sua história e a doença pode ter feito a primeira vítima na Capital. Outras quatro mortes estão sob investigação e quatro já foram confirmadas no Estado, segundo boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (06) pela SES (Secretaria de Estado e Saúde).
Segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) o caso registrado na Capital está sob analise. O laudo sobre as razões da morte devem sair até sexta-feira (06). As primeiras informações é de que trata-se de um homem, de cerca de 40 anos, morador do bairro Monte Castelo. Conforme o último LIRA (Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti) o bairro não apresenta índices elevados de infestação do mosquito da dengue.
Em 2013, quando o município enfrentou epidemia de dengue, foram 44.657 casos notificados e 12 óbitos. Já em 2014, Campo Grande ficou fora do risco de epidemia, com 4.031 casos notificados e nenhum óbito.
Números - De janeiro até ontem, 19.187 casos foram registrado no Estado, o terceiro maior em cinco anos, só atrás de 2013 (102 mil casos) e 2010 (82,5 mil). Em relação boletim anterior, quando eram 17,4 mil casos, houve aumento de 9,8%. Na última semana foram 2.960 novos casos, quase três vezes o número registrado na mesma semana de 2013, quando o Estado teve a maior epidemia da história.
A doença ganhou força no outono e a situação de epidemia, quando a incidência supera 300 casos para cada grupo de 100 mil, já atinge 49 dos 79 municípios sul-mato-grossenses.
Conforme a SES, a maior incidência foi registrada em Iguatemi, com 1.271 casos, seguido por Sonora (867), Selvíria (332), Itaquiraí (869) e Japora (249). Campo Grande teve 3.955 pessoas com os sintomas da dengue, como febre, dores de cabeça e nas juntas.
Foram confirmadas quatro mortes: Paranhos, Corumbá e Sonora (2). Outras cinco estão sob investigação: Campo Grande, Aparecida do Taboado, Juti e Três Lagoas (2).