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Cidades
17/12/2024 10:39:00
Diretor da ANTT prevê duplicação total da BR-163 nos próximos anos

CE/LD

Embora o acordo inicial entre a CCR MSVia e o Governo Federal preveja a duplicação de apenas 203 quilômetros da BR-163 em Mato Grosso do Sul, o diretor-geral da Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT), Rafael Vitale Rodrigues, disse nesta terça-feira que a rodovia inteira deve ser duplicada ao longo dos 30 anos do novo contrato de concessão.

A declaração foi dada antes do início de uma audiência pública na sede da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), em Campo Grande. De acordo com o diretor da agência, o novo contrato traz uma série de exigências, que ele chamou de gatilhos, prevendo que a concessionária faça duplicação de novos trechos toda vez que a ANTT constatar que existem gargalos.

“O contrato traz o mecanismo do gatilho, o gatilho de demanda. Se a demanda começar a subir, esse gatilho vai ser acionado e a concessionária automaticamente é obrigada a duplicar. E o pedágio só vai aumentar depois que ela entrega a duplicação. Então é uma coisa bem amarrada, bem arquitetada, para que não se desperdice dinheiro antes da hora, não gaste o dinheiro antes da hora, gaste no momento certo, mas sempre eliminando todos os gargalos que apareçam, sejam eles do ponto de vista de fluidez, quando tem muito congestionamento ou lentidão de tráfego ou, principalmente, os gargalos de segurança”, explicou o chefe máximo da ANTT.

Atualmente, a rodovia de 846 quilômetros tem em torno de 170 quilômetros duplicados e uma das principais reclamações de Cláudio Cavol, presidente do sindicato das empresas de transporte, que participou da audiência pública na Fiems, é que esse novo contrato prevê a duplicação de apenas alguns trechos.

que os investimentos tiverem sido feitos. “É um contrato muito mais moderno. A tarifa só aumenta se tiver a entrega de investimentos. Ele é muito mais coerente com a realidade, muito mais coerente com a expectativa do usuário”, garantiu. Em 2014 a cobrança do pedágio também só começou após a duplicação de 150 quilômetros. Depois do início da cobrança, porém, nada mais foi duplicado.

Os termos no novo contrato, que só deve ser assinado no segundo semestre do próximo ano, já estão praticamente todos definidos e a audiência pública desta terça-feira em Campo Grande está ocorrendo somente porque o Tribunal de Contas da União exigiu.

Quer dizer, a possibilidade de alguma sugestão ser acatada é remota, deixou claro o diretor da ANTT. “Se alguma sugestão ou observação que for colocada aqui fizer sentido, nós não vamos deixar de ouvir, nós vamos fazer questão de estudar e de repente pode ter uma adaptação desse contrato para que atenda melhor a sociedade. A gente acredita que o contrato está muito ajustado. Mas sempre pode surgir alguma coisa adicional que a gente possa incrementar”.