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Cidades
19/03/2013 09:00:00
Em votação inédita, vereadores aprovam moção de repúdio a Bernal
Pela primeira vez, em 110 anos de história, a Câmara Municipal de Campo Grande aprovou uma moção de repúdio contra o prefeito da Capital.

CGNews/PCS

Pela primeira vez, em 110 anos de \n história, a Câmara Municipal de Campo Grande aprovou uma moção de \n repúdio contra o prefeito da Capital.
Em uma votação tensa, por 17 votos\n a favor, oito contrários e duas abstenções, o plenário votou e aprovou \n moção que será encaminhada ao prefeito Alcides Bernal (PP) por causa do \n seu comportamento considerado “deseducado e agressivo” com os \n vereadores.A gota d água foi a participação do prefeito em um programa \n de rádio no último sábado, quando ele criticou o vereador Chiquinho \n Telles (PSD), durante evento no bairro das Moreninhas.Conforme o \n vereador Chiquinho Telles, que assinou o requerimento, o prefeito tem \n utilizado as redes sociais e também os eventos municipais para se \n dirigir aos vereadores de maneira ofensiva, tratando-os como “cupinchas”\n e colocando a opinião pública contra a Casa de Leis. “Inflamando para \n que os eleitores se voltem contra até mesmo em quem depositaram os \n votos”. Durante a votação, o vereador Alex do PT, líder do prefeito, \n tentou convencer seus colegas a não aprovarem anbsp;moção de repúdio, mas não obteve sucesso.No\n último sábado, um dia após ter recebido pela primeira vez a Mesa \n Diretora da Câmara, para discutir diversos assuntos, Alcides Bernal foi \n até o bairro Moreninhas liderando o projeto “Mulheres em Ação”. Durante o\n evento, ele entrou ao vivo em um programa que é apresentado pelo \n vereador Chiquinho na rádio comunitária 106,3 FM Moreninhas e disse que \n Chiquinho tinha sido “eleito por pura sorte”.A declaração \n revoltou não só Chiquinho, mas também outros vereadores, que afirmaram \n se sentirem desprestigiados pelo prefeito, que em eventos comunitários \n sequer cita os nomes dos parlamentares que possuem base eleitoral nestas\n regiões visitadas pelo prefeito. Chiquinho foi o vereador mais votado \n das Moreninhas, já que dos 3.729 votos conquistados nas últimas \n eleições, 2.209 foram obtidos naquela região.O vereador Coringa, \n que esteve no bairro das Moreninhas no último sábado, disse que o \n prefeito falou durante meia hora e em nenhum momento passou uma \n “mensagem” que pudesse ser direcionada à população. Coringa também disse\n que o prefeito destacou apenas o nome de Chocolate, seu aliado \n político, e apenas no final do evento “lembrou-se” de citar o seu nome.O\n vereador sugeriu que talvez o “esquecimento” do prefeito seja por \n questão política, já que ele não integra a base de apoio do prefeito. \n “Eu vou aos eventos como fiscalizador das ações da prefeitura, e não \n como parceiro do prefeito”, afirmou.Citado por Coringa, o \n vereador Chocolate, que voltou hoje à Câmara depois de ter ficado \n afastado por 15 dias se recuperando de problemas de saúde, rebateu as \n criticas dos vereadores, que seriam motivadas por “ciúmes” dos demais. \n “Talvez porque o prefeito costuma citar meu nome e do Cazuza”, disse, se\n referindo ao outro vereador que também apóia o prefeito e normalmente \n comparece aos atos acompanhando o prefeito. “Mas nós temos que respeitar\n o prefeito e esse assunto nem deveria estar em pauta, já que temos que \n discutir coisas mais importantes e concretas”, recomendou.Para o \n vereador Paulo Pedra, falta articulação política ao prefeito. “O \n prefeito precisa da Câmara, como o André Puccinelli fez [quando era \n prefeito]. O André tratava o Legislativo a pão de ló”, comparou.Pedra\n diz, ainda, que o prefeito corre riscos se a comoção popular chegar à \n Câmara. “A saúde está ruim, médicos estão saindo da rede. A Sedesc está \n sem titular, na Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano uma\n certidão que saia em três dias leva agora 40 dias para ser entregue. A \n hora que a população cair na real, já era”, afirmou.\n \n \n