Cidades
26/03/2014 09:00:00
Falta de vagas em presídios "empurra" 70 condenados para delegacias de MS
A superlotação dos presídios estaduais é um problema crônico que atinge todas as unidades do Brasil. Em Mato Grosso do Sul não é diferente.
CG News/AB
A superlotação dos presídios estaduais é um problema crônico que atinge \n todas as unidades do Brasil. Em Mato Grosso do Sul não é diferente. Aqui\n no Estado, por falta de espaço em penitenciárias, pelo menos 70 \n condenados pela Justiça "aguardam" nas delegacias e acabam \n atrapalhando o serviço policial.
O fato foi\n divulgado nesta quarta-feira (26) durante a audiência pública A \n custódia de presos em delegacias de MS e as consequências para a \n sociedade, realizada na Assembleia Legislativa pelo Sinpol (Sindicato \n dos Policiais Civis) e que contou com representantes dos Direitos \n Humanos ligados a ONU (Organização das Nações Unidas).Conforme\n o vice-presidente do sindicato, Roberto Simião, a maioria dos \n condenados cumpre parte da sentença nas delegacias de polícia até o \n surgimento de uma vaga em presídio, sendo que deveria ficar até o \n encerramento das investigações.Atualmente,\n os condenados ficam cerca de 60 a 90 dias nas delegacias, revelou \n Simião. São 70 condenados espalhados pelas delegacias do Estado, \n emendou. A situação mais crítica, conforme relatos, é percebida em Nova \n Andradina, município distante a 300 quilômetros de Campo Grande.Lá\n está a delegacia em pior estado. Dentro dela tem 110 presos, sendo que o\n espaço disponível é para 24, denunciou. Para o sindicato, o problema é\n crônico: são 6,5 mil vagas em presídios do Estado, sendo que existem 13\n mil presos, além dos 18 mil mandados a serem cumpridos.Sabemos\n que uma solução rápida é impossível. Por isso, pedimos soluções a médio\n e longo prazo [...] por isso temos que investir no sistema \n penitenciário para diminuir essa onda de violência nas cidades, opinou \n Simião lembrando que existem mil policiais civis na ativa em Mato Grosso\n do Sul.Opiniões \n Representante da ONU no Estado, Ângela Pires Terto, lembrou que \n audiências como as realizadas hoje funcionam como um começo de diálogo \n com a ONU para garantir os direitos e para que a situação melhore. A \n situação apresentada é complexa e não há uma resposta única, mas sim \n várias medidas que podem ser tomadas, reiterou.Já\n um dos diretores da Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança \n Pública), André Matsuchita, afirmou que, atualmente, o Estado não está \n em uma situação de caos, mas sim em uma situação que precisa ser \n melhorada. Ele garantiu que Mato Grosso do Sul é o 9º estado mais \n seguro do País. Em 2000, o Estado era o 20º, afirmou.Mato\n Grosso do Sul é o estado onde mais se encarcera no País. São 496 a cada\n 100 mil habitantes. Estão trabalhando para melhorar essa situação e \n afirmo que não estamos involuindo, mas sim evoluindo, pontuou.Para\n ajudar a desafogar as delegacias, Matsuchita lembrou que serão \n construídas três cadeias públicas na região da Gameleira, em Campo \n Grande. Duas masculinas e uma feminina, disse. Ele ainda falou que uma\n dessas unidades prisionais já está em andamento, inclusive com \n licitação pronta.Veja Também
O fato foi\n divulgado nesta quarta-feira (26) durante a audiência pública A \n custódia de presos em delegacias de MS e as consequências para a \n sociedade, realizada na Assembleia Legislativa pelo Sinpol (Sindicato \n dos Policiais Civis) e que contou com representantes dos Direitos \n Humanos ligados a ONU (Organização das Nações Unidas).Conforme\n o vice-presidente do sindicato, Roberto Simião, a maioria dos \n condenados cumpre parte da sentença nas delegacias de polícia até o \n surgimento de uma vaga em presídio, sendo que deveria ficar até o \n encerramento das investigações.Atualmente,\n os condenados ficam cerca de 60 a 90 dias nas delegacias, revelou \n Simião. São 70 condenados espalhados pelas delegacias do Estado, \n emendou. A situação mais crítica, conforme relatos, é percebida em Nova \n Andradina, município distante a 300 quilômetros de Campo Grande.Lá\n está a delegacia em pior estado. Dentro dela tem 110 presos, sendo que o\n espaço disponível é para 24, denunciou. Para o sindicato, o problema é\n crônico: são 6,5 mil vagas em presídios do Estado, sendo que existem 13\n mil presos, além dos 18 mil mandados a serem cumpridos.Sabemos\n que uma solução rápida é impossível. Por isso, pedimos soluções a médio\n e longo prazo [...] por isso temos que investir no sistema \n penitenciário para diminuir essa onda de violência nas cidades, opinou \n Simião lembrando que existem mil policiais civis na ativa em Mato Grosso\n do Sul.Opiniões \n Representante da ONU no Estado, Ângela Pires Terto, lembrou que \n audiências como as realizadas hoje funcionam como um começo de diálogo \n com a ONU para garantir os direitos e para que a situação melhore. A \n situação apresentada é complexa e não há uma resposta única, mas sim \n várias medidas que podem ser tomadas, reiterou.Já\n um dos diretores da Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança \n Pública), André Matsuchita, afirmou que, atualmente, o Estado não está \n em uma situação de caos, mas sim em uma situação que precisa ser \n melhorada. Ele garantiu que Mato Grosso do Sul é o 9º estado mais \n seguro do País. Em 2000, o Estado era o 20º, afirmou.Mato\n Grosso do Sul é o estado onde mais se encarcera no País. São 496 a cada\n 100 mil habitantes. Estão trabalhando para melhorar essa situação e \n afirmo que não estamos involuindo, mas sim evoluindo, pontuou.Para\n ajudar a desafogar as delegacias, Matsuchita lembrou que serão \n construídas três cadeias públicas na região da Gameleira, em Campo \n Grande. Duas masculinas e uma feminina, disse. Ele ainda falou que uma\n dessas unidades prisionais já está em andamento, inclusive com \n licitação pronta.Veja Também