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Quase 300 pessoas participaram da primeira Acessifesta, a festa da acessibilidade no Centro de Convivencia Dorcelina Folador, em Dourados, na quinta-feira (29).
A festa começou com a apresentação do coral Mulher Sem Limites, formado por mulheres mais que especiais. A Rita, maestra do grupo, faz questão de dizer que, apesar de estar na liderança, todos o ensinamento é algo que todas praticam. "Eles me ensinam no dia a dia o amor, a vida. Isso é muito importante", contou Rita Matias.
Aos poucos coral vai recebendo novas integrantes. Jane teve que amputar uma das penas recentemente. Foi quando percebeu que o nome do coral tinha tudo a ver com ela. "Eu tive que reaprender uma vida que eu nunca imaginava. Depois eu comecei a vê-la de uma maneira diferente, bem melhor. Hoje em dia eu consigo brincar que sou melhor que antes", confessou Jane Vilela.
Há 10 anos dona Edna amputou as duas pernas por causa de uma trombose. Antes disso, a comerciante já tinha um mercadinho. Mesmo com a dificuldade, ela manteve no comércio aberto. Para dona Edna, pouca coisa mudou. "A minha vida é normal. Tenho bastante amigos. Tem gente que vai lá tomar uma bebidinha comigo. Tem muitos rapazes que me chama de mãe", explicou Edna Silva.
A festa da acessibilidade não serviu apenas para reunir pessoas que vivem situações parecidas. Foi a oportunidade para mostrar que limitação física não impede a felicidade. Um exemplo disso são os times de basquete sobre cadeira de rodas, que se enfrentaram durante a Acessifesta. "A gente passa raiva, fica feliz, mas no final dá aquela sensação de dever cumprido", brincou Rose Aoywa.
Os organizadores contaram que o resultado foi além do esperado, pois proporcionou um dia de muita alegria tanto para quem participou de alguma atividade quanto para aqueles que só foram assistir.
"Foi muito legal você ver a união de tantas pessoas com deficiência. Você ver uma festa com mais de 300 deficientes reunidos, isso pra mim foi uma glória", afirmou Alex Moraes, coordenador.