CG News/AB
Equipes da Força Nacional de Segurança chegaram ao final da tarde de ontem (26) no município de Amambai para evitar novas situações de confronto entre indígenas e proprietário rurais. Conforme os indígenas, duas crianças e uma mulher estão desaparecidas desde o confronto da última quarta-feira (24).
Segundo o site a Gazeta News, o comandante da 3ª CIPM (Companhia Independente de Polícia Militar), com sede em Amambai, Major Josafá Dominoni, as equipes da Força Nacional não tem prazo determinado para sair da Fazenda Madama e estão no local para evitar conflitos.
Neste sábado, equipes da CIPM vão começar buscas para encontrar a criança e uma mulher, que estão desaparecidos após o último confronto.
Ministério da Justiça autorizou ontem (26) o envio da Força Nacional, a pedido do presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal, deputado Paulo Pimenta (PT-RS).
Tensão - Desde a invasão da propriedade rural, na madrugada de segunda-feira (22), o clima de insegurança e tensão se estabeleceu na região Cone Sul de Mato Grosso do Sul. A situação teria se agravado ainda mais com a invasão, por parte de indígenas, de mais duas propriedades rurais ocorridas na madrugada dessa quarta-feira, na região do Tagi, no município de Aral Moreira.
Após uma reunião realizada no dia 24, na sede do Sindicato Rural de Amambai, um grupo de produtores, sem o aval do Sindicato, se deslocou para a Fazenda Madama, situada entre os municípios de Amambai e Coronel Sapucaia, e reocupou a sede da propriedade, que havia sido invadida pelos indígenas.
Segundo o CIMI (Conselho Indigenista Missionário), órgão ligado a Igreja Católica, teria havido confronto na reocupação da sede da fazenda. De acordo com notícia postada no site do Conselho, por telefone os indígenas teriam relatado à assessoria de imprensa da entidade que houve índios feridos durante a ação dos produtores.
Uma equipe do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) também estava na região da Fazenda Madama e após o episódio, outros organismos policiais se deslocaram para a região.
Na noite de hoje o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, deputado Paulo Pimenta (PT-RS) deixou Brasília com destino a Mato Grosso do Sul para acompanhar de perto o conflito na região de fronteira.