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A família do idoso Geraldo Gomes Brum, 69 anos, denunciou o diagnóstico errado de um AVC tratado como “labirintite” na UPA Coronel Antonino, na Capital. Segundo o relato da filha dele, Scilla Brum o homem foi levado para a unidade na quarta-feira passada apresentando desmaios e vômitos.
“Ele passou muito mal, chegando a vomitar e desmaiar, ligamos no SAMU e falaram que não tinha ambulância e que teríamos que leva-lo em carro próprio para a UPA, chegando lá ele ficou em observação por 12h na ala vermelha”, conta ela explicando que mesmo na unidade médica o idoso vomitava sem parar.
Após essa observação a família foi avisada que ele teria tido uma crise forte de labirintite. “O levaram no outro dia pela manha para a ala verde, onde foi atendido por vários médicos diferentes e cada um dava uma medicação diferente, solicitavam exames sem nos dar uma posição sequer. Apenas que a hipótese era de labirintite, mas que teríamos que aguardar uma vaga em um hospital e fizesse uma tomografia para confirmar.
Vendo que meu só piorava começamos a correr atrás da Defensoria Publica para tentarmos uma remoção imediata. Em menos de 24hs conseguimos a remoção, porém o UPA recebeu a informação da remoção antes que nós através do sistema e a médica residente responsável do plantão não nos avisou da liberação para transferência e nem sequer foi ver meu pai naquele dia. Fiquei sabendo por uma enfermeira bastante desinformada que nem ao menos sabia que tipo de medicamento estava dando para meu pai tomar”, reclamou.
A família procurou então a assistência social da UPA e só aí foi informada que o idoso poderia ser transferido, e que corria inclusive o risco de perder a vaga regulada no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul. “A transferência saiu só na segunda-feira (30) e tivemos que levar ele em carro próprio, porque segundo eles a remoção era possível porque meu pai podia andar. Mas ele não estava andando. Mesmo assim, levamos ele até o Hospital Regional”.
Ao chegar à unidade hospitalar Geraldo foi admitido e então submetido a uma tomografia. “Ao chegar ao Hospital Regional, imediatamente eles removeram meu pai e fizeram a tomografia. Para nossa surpresa e desespero ele foi diagnosticado com AVC.
Sim na quinta-feira meu pai teve um AVC e estavam tratando ele como se fosse labirintite. Ele não está andando, foi medicado erroneamente pelo UPA e poderia estar até agora tomando medicamento errado se não tivéssemos acionado a Defensoria Pública”, denunciou.
A reclamação segundo a família é que sirva de alerta, já que o idoso agora ficou com sequelas. “Ele ficou com uma parte do corpo paralisada e vai precisar do uso de cadeira de rodas e andador, o quadro poderia até ser pior, pois ele correu risco de morrer. O que reclamamos é de médicos residentes e enfermeiros sem experiência nenhuma além mal educados e mal treinados. Não merecemos esse tratamento, o alerta é que tomem cuidado com os diagnósticos recebidos”.
Outro lado
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde que informou por meio de nota que “tem ciência deste episódio e vai abrir um processo administrativo para apurar as eventuais e possíveis falhas no atendimento. Apesar disso, reforçamos que o paciente foi prontamente atendido na unidade de saúde”.