Da assessoria/LD
O IGDI (Índice Geral de Desempenho Industrial), que foi criado pelo Radar Industrial da Fiems e é calculado com base nas pesquisas de Confiança e Sondagem Industrial, registrou aumento pelo 2º mês consecutivo neste ano, ficando acima dos 50 pontos. De acordo com o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, em março, o Índice alcançou 55 pontos, indicando um aumento de 2,2 pontos na comparação com o mês de fevereiro.
“Essa evolução ocorreu, principalmente, pelo aumento da utilização da capacidade instalada na passagem de um mês para o outro, saindo de 69% em fevereiro para 74% em março”, analisou Ezequiel Resende, completando que outra variável que contribuiu para o bom desempenho foi a manutenção do número de empresas com produção estável ou crescente, que, na mesma comparação, ficou em torno de 77%.
Ele destaca que, adicionalmente, é importante ressaltar que esse desempenho pode ser creditado ao crescimento apresentado pelos indicadores de intenção de investimento e confiança do empresário. “O índice segue acima dos 50 pontos, sinalizando que o desempenho, na média geral, foi positivo segundo a percepção dos empresários respondentes”, reforçou.
O Índice
O IGDI reflete a percepção do empresário em relação ao desempenho apresentado pela atividade industrial. “Na elaboração, foram selecionadas cinco variáveis - emprego, investimento, produção industrial, utilização da capacidade instalada e confiança – e todas com peso de 20% na composição do Índice”, detalhou Ezequiel Resende.
No caso do emprego na indústria, o IGDI utiliza o percentual de estabelecimentos que aumentaram o número de empregados, enquanto na parte de investimento o Índice leva em consideração a intenção de investimentos para os próximos seis meses. Já da produção é usado o percentual de indústrias com a produção estável ou crescente, da utilização da capacidade instalada se pega o percentual médio e da confiança a base é o ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial.
O IGDI Fiems contou com a avaliação, validação e auxílio técnico do professor-doutor Leandro Sauer, da Escola de Administração e Negócios e do Programa de Pós-Graduação em Administração (Mestrado e Doutorado) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (ESAN/UFMS). “O professor é matemático com atuação na utilização de métodos quantitativos em economia e tem comprovada experiência na elaboração e uso de indicadores sintéticos”, reforçou Ezequiel Resende.