Sheila Forato
Uma nova tragédia pode acontecer no município de Coxim se o governo do Estado não tomar as devidas providências para reformar uma ponte de madeira na estrada que liga São Ramão ao Jauru e dá acesso ao município de Figueirão.
Quem passa pela ponte do córrego do Macaco não imagina o perigo que está correndo. Apesar do tablado e do rodeio estarem em boas condições, aparentemente, a parte estrutural está totalmente comprometida.
Os pilares de sustentação da ponte de aproximadamente 15 metros estão quebrados em diversas partes. Segundo moradores da região, o risco se estende até mesmo aos alunos que passam pelo local diariamente, pois a ponte fica numa linha de ônibus escolar.
Além do risco, produtores rurais começam a contabilizar prejuízos. O pecuarista Leandro Tenalha está preocupado, pois não consegue mais receber milho para o gado da Morro Vermelho, onde 1.500 cabeças estão confinadas.
“Há uma semana não recebo o milho que chegava na fazenda três vezes por semana. O responsável pelo transporte não quer e nem deve correr o risco e eu não tenho o que fazer”, comentou o pecuarista.
A capacidade da ponte é de 15 toneladas, mas ninguém quer arriscar. Contratado para levar milho até a Morro Vermelho, Rogério Franco, disse que não vai colocar sua fica em risco. “Imagina se essa ponte quebra no momento em que estou passando? Será que sobrevivo a uma queda de seis metros? Melhor não arriscar”, questionou e se adiantou em responder.
Enquanto isso, Franco também amarga o prejuízo de perder o frete. Somente nesta semana ele deixou de fazer três viagens para o cliente da Morro Vermelho.
Por telefone, o engenheiro civil responsável da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul), Githinon Mota, informou que na tarde desta sexta-feira (07) será feito levantamento no local. A previsão é que a ponte seja consertada na segunda-feira (10).