Cidades
14/03/2013 08:14:34
Médico almoçava no momento do afogamento de gêmeos em aldeia de Dourados
Segundo ele, o profissional atende entre 7h e 11h e retorna às 13h, cumprindo horário até as 17h.
Dourados News/AB
\n \n O coordenador da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) em Mato Grosso do Sul,\n Nelson Alazar informou que ontem (13) que desconhece o defeito com a central\n telefônica do pólo de saúde que atende a Reserva Indígena do município. A\n informação do problema foi repassada por Ailton Cabreira, padrasto das crianças\n gêmeas que morreram afogadas na Aldeia Bororó. \n \n De acordo com o\n coordenador, um raio atingiu a placa de ramais do aparelho durante o temporal\n de sábado, mas a central continua atendendo. Liguei aproximadamente 10 vezes\n para o pólo e tive sucesso em todas [as ligações], disse. \n \n Apesar de\n afirmar sobre o funcionamento do telefone, Nelson explicou a ausência de médico\n no momento da ocorrência. Como a reserva é próxima à cidade, os médicos\n almoçam em suas residências, comentou. \n \n Segundo ele, o\n profissional atende entre 7h e 11h e retorna às 13h, cumprindo horário até as\n 17h. \n \n No boletim de\n ocorrência registrado no 1º Distrito Policial do município, o afogamento\n aconteceu por volta das 11h30 e após resgatarem as crianças - e não conseguirem\n realizar as ligações -, os indígenas teriam as levado para o posto, onde havia\n apenas uma agente de saúde que os auxiliou no pedido de socorro. \n \n Ainda conforme o\n coordenador do Sesai no Estado, geralmente um técnico em enfermagem ou um\n agente de saúde ficam no local durante o período de saída do médico. \n \n Geralmente\n ficam [pessoas para atender]. Mas, existem possibilidades de estarem realizando\n alguma campanha preventiva ou atendimento na comunidade, o que não houve\n ontem, contou. \n \n Nelson disse que\n aguarda o parecer técnico do pólo de Dourados para realizar uma análise mais\n completa. \n \n Estamos\n realizando a investigação e o parecer técnico do pólo não chegou ao meu\n conhecimento, então precisamos aguardar para fazer o levantamento com as\n informações, concluiu. \n \n Estrutura \n \n De acordo com\n Nelson Alazar, duas ambulâncias e um VW Kombi realizam o transporte e o\n atendimento dos indígenas nas aldeias de Dourados e Douradina, onde a população\n gira em torno de 13 mil pessoas. \n \n Ontem, no\n momento do ocorrido, todos os veículos estavam em algum tipo de urgência.\n Temos uma demanda muito grande em Dourados e as ambulâncias trafegam o dia\n todo com pacientes. Já a Kombi realizava o transporte de indígenas para\n tratamento de hemodiálise, comentou. \n \n Após o incidente\n com as crianças gêmeas e o não atendimento na central, os familiares das\n vítimas entraram em contato como Samu (Serviço de Atendimento Móvel de\n Urgência) que se deslocou até o local e tentou reanimá-las, mas sem sucesso.\n Lucas e Lívia Cabreira Quevedo faleceram ao dar entrada no Hospital da Vida. \n \n nbsp;\n \n \n \n \n