Cidades
22/12/2012 07:45:07
Medidor de chuva só chegará a áreas de risco depois da chuva
O Ministério de Ciência e Tecnologia assinou ontem a compra de 1.100 pluviômetros que serão instalados em áreas de risco de vários municípios brasileiros.
Folha/PCS
\n O Ministério de Ciência e Tecnologia assinou ontem a compra de 1.100 pluviômetros que serão instalados em áreas de risco de vários municípios brasileiros. Como o primeiro lote dos equipamentos chega em março, os medidores de chuva, considerados fundamentais para prevenir as tragédias em encostas, estarão funcionando no verão de 2013/2014. Neste mês, apenas no Estado de São Paulo, as chuvas deixaram 39 feridos e 5 mortos. Além de 736 pessoas que foram desalojadas de suas casas. Os equipamentos, comprados de uma empresa nacional por R$ 5 milhões, fazem parte das ações desenvolvidas pelo Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), ligado ao ministério. "Para falar a verdade, os satélites e os pluviômetros estarão funcionando apenas no outro verão, mas estamos caminhando bastante", diz Agostinho Ogura, diretor do centro. Emprestado pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) ao órgão federal, o especialista diz que muitas ações foram feitas neste ano. "Estamos monitorando o risco de deslizamento em 274 municípios. Deste total, 196 estão nas regiões Sul e Sudeste." Vários ficam em São Paulo. Segundo Ogura, em 2012, 250 alertas de risco foram emitidos pelo centro, que funciona em Cachoeira Paulista, no interior paulista. Todo o sistema de monitoramento de risco montado pelo governo federal deve estar mais robusto apenas em 2014. Até lá, 820 municípios serão monitorados. A previsão é que 4.000 medidores de chuva estejam instalados nas encostas do país nessa época. De acordo com o Ogura, outro grande trabalho que o centro terá que desenvolver é criar uma "cultura do risco". "Precisamos treinar as pessoas, para que elas possam, inclusive, dar sinais de alerta quando for necessário, de acordo com as regras da Defesa Civil." Os pluviômetros comprados agora são semiautomáticos. Ou seja, será preciso que alguém, da própria região, leia os dados com frequência. O governo também vai comprar 1.500 equipamentos totalmente automáticos. \n \n