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A nova tarifa do transporte público de Campo Grande se igualou ao preço das passagens das maiores metrópoles brasileiras como São Paulo e Rio de Janeiro, ambas com população estimada em 11,8 milhões e 6,4 milhões, respectivamente, quantidade extremamente maior que os 843 mil moradores da capital-sul-mato-grossense.
Além das três cidades mencionadas acima, onde a tarifa atual é de R$ 3, ainda estão no ranking das tarifas mais caras do Brasil as das capitais: Porto Alegre (R$ 2,95), Curitiba (R$ 2,85), Belo Horizonte (R$ 2,85), Goiânia (R$ 2,80) e Cuiabá (R$ 2,80). No gráfico acima é possível conferir o preço das passagens em todas as Capitais do País. Em Brasília, no Distrito Federal, está a passagem mais barata do Brasil – R$ 1,50.
Antes de Campo Grande ter o aumento de R$ 3, o valor inicial divulgado pela Prefeitura era de o de R$ 2,99, porém o valor ‘quebrado’ gerou tanta insatisfação quanto o anúncio do reajuste. A cifra foi classificada pelos passageiros como ‘jogada de marketing’. Por conta disso o Executivo aumentou R$ 0,30 na tarifa anterior de R$ 2,70 para evitar a necessidade de troco nos terminais.
Preço alto e má qualidade do transporte
A avaliação dos usuários do transporte público quanto ao serviço é negativa. Passageiros são comparados com ‘sardinhas’ quando precisam subir no ônibus e enfrentar a lotação. Os ônibus coletivos transportam aproximadamente 6.555.437 por mês, conforme dados da Prefeitura.
A situação dos terminais de transbordo também é notada. Enquanto em um falta água nos bebedouros, noutro não há papel higiênicos nos banheiros.
A doméstica Cremilda Medina, de 58 anos, disse não acreditar que o reajuste na tarifa possa contribuir para melhorias no transporte coletivo. “O benefício do aumento será apenas para os donos das frotas, para o trabalhador mesmo, não muda nada. Isso é um absurdo” enfatizou.
A promotora de vendas, Sabrina Portilho, de 20 anos, conota que em determinados horários, a situação é ainda pior e que a frota disponível não supre a demanda. “Passam muitos ônibus, mas todos cheios. Hoje está vazio, se comparado aos outros dias. Normalmente a gente fica parecendo sardinha dentro do ônibus. A passagem aumentou, mas melhoria que é bom, nada”, destacou.