Correio do Estado/AB
A CPI que investiga o sumiço de mais de 3,1 mil doses de vacina contra H1N1 em Campo Grande vai pedir imagens do circuito interno de segurança de instituto municipal onde servidores supostamente foram vacinados, mesmo sem estar no grupo de risco. Os vereadores também estudam pedir quebra do sigilo telefônico de três servidoras.
Em reunião na manhã de hoje, com presença apenas do presidente da CPI, Marcos Alex (PT) e de Edson Shimabukuro (PTB), foi decidido que ofício será encaminhado ainda hoje para a superintendência do Instituto Municipal de Tecnologia da Informação (IMTI).
Denúncia apurada pela CPI aponta que servidores do órgão foram vacinados entre os dias 21 e 25 maio, nenhum deles seria do grupo de risco. O ofício será destinado para o servidor Francisco Natalino da Silva porque até hoje o cargo de diretor-presidente do IMTI está vago.
A comissão também analisa possibilidade de solicitar quebra de sigilo telefônico de três servidoras, duas delas da Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau) e uma terceira de setor administrativo.
Os vereadores só não fizeram o pedido porque avaliam parecer do Supremo Tribunal Federal (STF) que define regras para quebra de sigilo em caso de pessoas que serão ouvidas em CPI.
Na próxima sexta-feira (24), duas pessoas serão ouvidas pela comissão. Um deles é representante do Instituto Butantan, de São Paulo, onde as vacinas são produzidas. Provavelmente a oitiva será feita por videoconferência.
Outra que deverá prestar esclarecimentos aos vereadores é a Superintendente de Epidemiologia e Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Catia Barbosa Lima.
Com os questionamentos, os vereadores querem descobrir quantas vacinas foram recebidas, quantas foram aplicadas e em quais pessoas. A comissão estuda até possível confirmação laboratorial das pessoas que foram imunizadas.