Cidades
30/08/2012 11:08:08
Peças desenvolvidas no presídio de Corumbá dão mais segurança ao trabalho dos Bombeiros
Calços de viaturas utilizadas pelo Corpo de Bombeiros de Corumbá no socorro a acidentes veiculares, e até mesmo desmoronamentos, foram produzidos por internos em regime fechado do presídio masculino local.
Da redação/PCS
\n \n Calços\n de viaturas utilizadas pelo Corpo de Bombeiros de Corumbá no socorro a\n acidentes veiculares, e até mesmo desmoronamentos, foram produzidos por\n internos em regime fechado do presídio masculino local. As peças facilitam e\n reforçam a segurança dos militares durante os atendimentos às ocorrências junto\n à população. \n \n \n \n O\n material foi produzido na marcenaria do Estabelecimento Penal de Corumbá (EPC),\n unidade da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen).\n Na oficina, trabalham cinco custodiados, que, pelo serviço, recebem remição de\n um dia na pena para cada três trabalhados. A partir de um molde e materiais\n fornecidos pelo Corpo de Bombeiros, eles produziram 18 peças, que estão ajudando\n a salvar vidas na cidade. \n \n \n \n Segundo\n o subcomandante da 3° Grupamento de Bombeiros, major BM Fábio Santos Coelho\n Catarineli, as peças já estão em uso pela corporação e são de grande utilidade\n em casos de acidentes veiculares quando o automóvel fica em uma posição\n instável, ou em situações em que há desmoronamento de casas. Quando o veículo\n para tombado, ou mesmo à beira de precipícios, utilizamos esses calços para dar\n estabilidade; ou quando uma vítima está em um espaço confinado por conta de um desmoronamento\n usamos para avançarmos vagarosamente, garantindo mais segurança à equipe de\n resgate, explica o major. \n \n \n \n O\n subcomandante destaca que, apesar de serem simples, os calços são essenciais\n para garantir mais segurança ao trabalho desempenhado pelos bombeiros. O\n presídio nos prestando esse serviço está contribuindo direta e indiretamente\n para a população, e esse trabalho representa ainda um forma de estarmos\n preparando esses homens [custodiados] para o retorno ao convívio social,\n frisa. \n \n \n \n Na\n opinião do diretor do presídio, Edinaldo Dias Lemos, a iniciativa demonstra\n também que as forças da segurança pública estão trabalhando em harmonia na\n cidade. Sempre que uma instituição precisa da outra estamos colaborando, e\n isso reflete diretamente no melhor atendimento à sociedade corumbaense,\n ressalta o diretor. \n \n \n \n Esse\n tipo de ação social desenvolvida pelo presídio não é novidade. Além de\n contribuir para a atuação do Corpo de Bombeiros, reeducandos que trabalham na\n marcenaria do EPC também já produziram em 2010 uma rampa em madeira para\n facilitar o acesso dos cadeirantes e crianças aos cavalos utilizados no projeto\n de reabilitação psicomotora de deficientes, desenvolvido pela Associação do\n Centro de Equoterapia Odilza Miranda de Barros, na capital do Pantanal. \n \n \n \n A\n rampa era uma grande necessidade para o melhor desenvolvimento do trabalho de\n recuperação, no sentido de facilitar a colocação dos pacientes nos animais para\n fazerem os exercícios. \n \n \n \n Para\n o diretor-presidente da Agepen, Deusdete Oliveira, é importante que ações\n sociais como as do presídio de Corumbá sejam desenvolvidas pelonbsp;Sistema\n Penitenciário, ações que têm sido realidade em vários estabelecimentos\n prisionais do Estado, seja por meio da horticultura da Penitenciária de Dois\n Irmãos do Buriti, que fornece hortaliças a instituições de caridade; na\n produção de pisos táteis na unidade de Ponta Porã; ou nas roupas hospitalares\n feitas por reeducandas de Rio Brilhante, entre outros vários exemplos que\n temos, comenta. \n \n \n \n Oliveira\n enfatiza que tais iniciativas, além de favorecer a sociedade, beneficiam também\n os internos com a remição da pena, representam um incentivo à autoestima deles\n e ainda contribuem com a disciplina no presídio.