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Cidades
11/04/2016 11:16:00
Pesquisa e Ensino crescem em Mato Grosso do Sul

Assessoria/AB

A ciência é o caminho para conseguir um desenvolvimento sustentável de longo prazo e também minimizar as disparidades sociais no Mato Grosso do Sul. Essa afirmação também vale para o âmbito nacional. Mas não existe avanço na área sem o fomento de parcerias entre entidades públicas e privadas e o apoio a atividades de desenvolvimento científico. De 2010 a 2015, o Governo do Estado, por meio da Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul), investiu em Ciência, Tecnologia e Inovação (CTamp;amp;I). Através desse aporte de recurso foi possível elevar o número de pesquisadores doutores, estudantes, grupos, linhas de pesquisa, novos programas de pós-graduação, parcerias entre universidades e empresas e novas patentes.

De acordo com o presidente da Fundect, Marcelo Turine, a sociedade não se desenvolve sem uma política voltada para o bem-estar da sua população, com uma base forte e estável de incremento à pesquisa científica e à inovação tecnológica. Para ele, é inegável que o avanço do conhecimento reflete em boas práticas sociais.

“A sociedade do futuro é a sociedade do conhecimento. Nas últimas décadas, assistimos a uma notável ampliação da utilização, na produção industrial, de avanços realizados em diversas esferas do conhecimento científico, especialmente nas áreas de automação, microeletrônica e informatização. A partir dessa nova onda de inovação, países como Estados Unidos, o Japão e as principais economias da Europa, e China assumiram uma posição de vanguarda nesse processo. Eles alteraram a dinâmica da economia global, modificando padrões de organização e gerando um forte aumento da produtividade. Nesse contexto, o Brasil precisa realizar um enorme esforço para avançar na geração e utilização do conhecimento técnico-científico, criando capacidades e competências em áreas estratégicas. Isso é decisivo para crescimento do país em todos os sentidos”, explica Turine.

Olhando para o Estado, o presidente da Fundect ainda ressalta. “Se hoje o Mato Grosso do Sul é importante protagonista no cenário de CTamp;amp;I em âmbito nacional, é porque há uma vontade política de transformar esse Estado por meio do desenvolvimento científico-tecnológico e de inovação”.

Entre os projetos de maior destaque nesse atual panorama, a criação da Rede Centro-Oeste de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação – Pró-Centro-Oeste em Biotecnologia e Biodiversidade é um deles. A Fundect em parceria com o CNPq, CAPES e MCTI conseguiu fomentar 25 projetos de pesquisa e inovação. Além disso, criou um curso de Doutorado da Rede que está com 75 doutorandos pesquisando em Mato Grosso do Sul. Todas estas ações tiveram um investimento da Fundect no montante de R$3.780.000,00.

Paralelo a Pró-Centro-Oeste, investiu em ensino e pesquisa. De acordo com os números, em 2010, o Mato Grosso do Sul contava com 1.416 estudantes matriculados em cursos de pós-graduação (mestrado e doutorado). Em 2015, esse número subiu para 2.419, um incremento de 58,5%. Em 2010, formavam-se, em média, 435 alunos de pós-graduação por ano. Em 2015, essa média saltou para 843, 51,6% a mais. A oferta de cursos também aumentou. Em 2010 existiam 45 cursos, já em 2015 são 106 cursos de pós-graduação, distribuídos em nove municípios. Entre os destaques a modalidade de ensino, mestrado profissional, que assegura maior aproximação da pesquisa com as empresas, saltou de três cursos em 2010 para 19 em 2015.

Segundo Turine, “estes novos mestres e doutores são o alicerce de uma sociedade do conhecimento em plena formação”. Ele ainda lembra que a Fundação possui vários programas de atração e fixação de doutores no Estado. O resultado dessas ações é o aumento expressivo de pesquisadores. Hoje são 3.715 pesquisadores (mestres e doutores) em comparação a 1.927 em 2010. O número de pesquisadores doutores também aumentou de 1.148 para 2.388, um incremento de 48% em cinco anos.

No quesito grupos de pesquisa, houve também mudança no cenário estadual. Atualmente os pesquisadores sul-mato-grossenses participam de 649 grupos de pesquisas, em comparação aos 485, em 2010. Foi um crescimento de 74,7%. Dentro desse contexto, registrou-se também maior integração entre instituições de ensino e pesquisa com as demandas do setor produtivo. Em 2010, apenas 40 grupos de pesquisa relataram relacionamento com empresas, já em 2015, a partir das induções da Fundect este número passou para 159.

Para os próximos anos, a Fundect planeja ampliar suas ações de fomento para fortalecer a rede de pesquisa estadual e incorporar no segmento produtivo a visão de que criatividade e inovação são fundamentais para as empresas. “A educação, a ciência e a tecnologia são pilares fundamentais do desenvolvimento”, concluiu Turine.