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Cidades
09/02/2012 06:29:02
PMs grevistas deixam prédio da Assembleia Legislativa da Bahia
O primeiro grupo de grevistas sitiados na Assembleia Legislativa da Bahia começou a deixar o prédio por volta das 6h25 desta quinta-feira para se render, após nove dias de ocupação.

Folha/PCS

Foto: Marcello Casal Jr

O primeiro grupo de grevistas sitiados na Assembleia Legislativa da \n Bahia começou a deixar o prédio por volta das 6h25 desta quinta-feira \n para se render, após nove dias de ocupação. A greve não acabou e o grupo\n voltará a se reunir para discutir a mobilização, segundo os grevistas.\n \n Os grevistas passam por uma triagem em um corredor formado por formado \n por policiais da Força Nacional de Segurança, Exército e Polícia Federal\n e são liberados, alguns deles carregando mochilas, colchonetes e \n roupas. Eles acenam negativamente com a cabeça sinalizando que não vão \n falar com a imprensa.\n \n \n \n Apenas um deles conversou com a reportagem da Folha. Ele disse que a \n greve não acabou e que a decisão de deixar o local foi tomada em \n assembleia durante a madrugada. Segundo o grevista, o grupo atendeu uma \n solicitação do Prisco entendia que seria mais seguro eles se entregarem \n porque havia uma determinação de reintegração de posse e poderia haver \n um confronto.\n \n \n \n Os grevistas começaram a preparar sua rendição por volta das 5h desta \n quinta-feira. Um forte aparato de segurança foi montado em frente à \n assembleia com deslocamento de tropas, veículos militares e a colocação \n de grades de ferro para isolar os trechos onde os policiais deverão \n passar. Cerca de 1.500 homens do exército estão na assembleia.\n \n \n \n Às 5h40, carros estacionados perto da entrada do prédio começaram a ser guinchados pelo exército para facilitar a operação.\n \n \n \n Uma comissão que inclui militares seguiu às 5h50 em direção ao \n prédio para conversar com um grupo de grevistas na rampa da Assembleia.\n \n \n \n Segundo um dos advogados dos grevistas, Rogério Andrade, a decisão foi \n tomada porque os grevistas avaliaram que não teriam mais condições de \n manter a ocupação do prédio, que teve a luz e a água cortadas. Os \n militares também bloquearam o acesso de mantimentos no local.\n \n \n \n Ainda segundo o advogado, a desocupação não significa necessariamente o \n fim da greve que deverá ser decidida pela própria categoria.
\n \n VANDALISMO \n \n \n \n Na quarta-feira (08), gravações telefônicas divulgadas ontem\n pelo "Jornal Nacional", da TV Globo, sugerem que o líder da greve da\n PM baiana, o ex-policial Marco Prisco, incentivou atos de vandalismo no Estado.\n \n \n Numa escuta que segundo o telejornal foi autorizada pela\n Justiça, um interlocutor de Prisco identificado como David Salomão diz que vai\n "queimar viatura" e "duas carretas" na rodovia Rio-Bahia. \n \n A greve de policiais militares na Bahia já dura mais de uma\n semana. Forças de segurança federais foram enviadas ao Estado para garantir a\n ordem. \n \n O número de homicídios registrados na região metropolitana\n de Salvador já chega a 135 desde o início da paralisação. \n \n Por volta das 20h desta quarta-feira, um grupo de 50\n manifestantes, entre grevistas e apoiadores da paralisação da PM baiana, avançou\n em direção a uma barreira formada por soldados do Exército, numa tentativa de\n ficar na parte externa do prédio onde estão outros grevistas. \n \n Dois dos líderes da greve com a prisão decretada já foram\n detidos. O último foi o sargento Elias Alves, preso por policiais federais na\n tarde de terça-feira (6).
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