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O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), cortará um terço de gratificações e privilégios da folha de pagamento do Executivo municipal, com expectativa de economizar ao menos R$ 4 milhões mensais e, em seis meses, estancar déficit financeiro e reequilibrar os cofres municipais.
As mudanças, que Marquinhos e parte do primeiro escalão detalham em coletiva na tarde desta quinta-feira (25), com transmissão ao vivo pela TV News, terão validade de 12 meses.
A medida vem para conter um rombo mensal nas contas da Prefeitura, que chegou a R$ 34 milhões e, somente no mês passado, ficou na casa dos R$ 28 milhões, gerando inclusive risco de atraso de salários nos próximos meses, caso algo não seja feito.
Uma das principais medidas a serem anunciadas é a redução da carga horária dos professores. O turno de 40 horas semanais será extinto, ficando apenas o de 20 horas, e todos os profissionais cedidos terão de voltar às salas de aula.
Fora isso, o foco são adendos que servidores ganharam ao longo dos anos, incorporados aos salários e que sangram dinheiro público com vencimentos mensais até triplicados. O corte linear será de um terço nos valores destes benefícios.
Entram na lista bônus como a indenização do transporte. A gratificação FC, dada a título de função de confiança a concursados, é outra que vai mudar – ela chega a valores muitas vezes superiores aos salários em si, que evidentemente não serão mexidos.
O decreto que trata da remuneração a servidores que trabalham em locais identificados como “de difícil acesso” será alterado. Atualmente, uma escola nas Moreninhas ou na zona rural, por exemplo, entra neste quesito e um servidor, mesmo que more ali pertinho, no mesmo bairro ou região, recebe um valor financeiro a mais teoricamente porque teria que andar muito para chegar ao trabalho.
Algumas medidas já estão em vigor. Os secretários municipais, por exemplo, estavam recebendo um bônus de R$ 5 mil, benefício criado por Alcides Bernal e cortado por Marquinhos.
Atualmente, a folha de pagamentos da Prefeitura gira na casa dos R$ 100 milhões. Campo Grande tem 22 mil servidores.