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Depois de uma loja do Shopping Campo Grande ser lacrada e 26 caixas de produtos importados sem comprovação de origem serem apreendidas, o plano é ampliar as operações de caça aos produtos contrabandeados para todo o Estado e em pontos já denunciados ao Ministério Público, como o Camelódromo, na região central.
“Sabemos da situação do Estado, que faz fronteira com dois países e tem aceso facilitado a esse tipo de mercadoria, por isso essa ação inaugurou uma nova etapa, de respeito ao consumidor, em adquirir produtos de qualidade, dignos”, afirmou Rosimeire Cecília da Costa, superintendente do Procon-MS.
Segundo Rosimeire, os novos alvos das operações serão definidos após reunião nos próximos dias, onde o resultado das ações desta semana serão avaliados. Alguns pontos, no entanto, surgem com certo destaque, como o Camelódromo de Campo Grande, tradicional centro de comércio popular, conhecido pelas mercadoria de procedência duvidosa.
“Acho impressionantes que em uma primeira ação conjunta dessas, o alvo não tenha sido lá (Camelódromo). Espero mesmo que estejam na mira. Vamos ver qual o verdadeiro objetivo”, disse um dos empresários que teve sua loja vasculhada na operação.
Rosimeire alega que os locais foram definidos após investigação de quase dois anos, iniciadas após a compra de uma máquina fotográfica peruana falsificada por um cliente que buscou a Justiça sul-mato-grossense.
“Há duas semanas que planejamos a ação integrada, com todas as frentes integradas atuando juntas, simultaneamente. É a primeira vez que isso acontece”, disse a superintendente.
Sem medo
A notícia de operações contra o contrabando não alterou a rotina de comerciantes do Camelódromo. O Campo Grande News esteve no maior shopping popular da cidade nesta manhã e lojistas não se mostraram intimidados.
“Compro minhas mercadorias em Goiás, não tem erro, tenho toda a papelada. Já existe a fiscalização da Prefeitura aqui, uma, duas vezes por semana. Direto apreendem coisas. Mas não tenho medo”, disse o dono de uma loja de roupas no local.
Dono de uma loja de capas de celular, um outro homem também ressalta que a fiscalização da Prefeitura “já é eficiente no local.” Como ele sabe? “Já tive muita coisa apreendida e paguei muita multa”, disse, rindo, sem revelar se as mercadorias vendidas naquele momento eram ou não legalizadas.