Cidades
10/03/2014 09:00:00
Programa Mais Médicos capacita profissionais para atender municípios de MS
Durante uma semana os 41 médicos do Programa Mais Médicos selecionados para Mato Grosso do Sul receberão capacitação sobre as atividades médicas do Estado.
Midiamax/AB
Durante uma semana os 41 médicos do Programa Mais Médicos selecionados para Mato Grosso do Sul receberão capacitação sobre as atividades médicas do Estado. Nesta manhã, os profissionais foram acolhidos pelo secretário de saúde do Estado, Antônio Lastória, no Hotel Grand Park, em Campo Grande. É o terceiro ciclo do Mais Médicos e com a chegada de mais 40, eles se juntam aos 76 médicos que já estão em atividade, em mais de 20 municípios. As cidades já atendidas pelo programa são: Aquidauana, Aral Moreira, Bela Vista, Bonito, Corguinho, Coronel Sapucaia, Corumbá, Dourados, Figueirão, Japorã, Jaraguari, Nioaque, Pedro Gomes, Porto Murtinho, Rio Brilhante, Rio Negro, Sete Quedas e Sonora. Nesta terceira etapa, 39 cubanos, dois venezuelanos e um intercambista participarão da capacitação realizada pela Secretaria de Estado de Saúde onde conhecerão a atuação do Sistema Único de Saúde (SUS) e a história da saúde de Mato Grosso do Sul. Após a capacitação os médicos seguirão para os municípios designados pelo Ministério da Saúde, onde passarão por nova capacitação a cargo das Secretarias Municipais de Saúde. De acordo com o secretário de Saúde, Antônio Lastória, com a chegada desses profissionais já foi possível perceber uma melhora sensível no setor de saúde do Estado. Lastória explicou que o programa foi criado para expandir a formação dos profissionais, ampliar a rede física da rede básica e investir no setor. O secretário também ressaltou que a infraestrutura da rede de atenção básica não é ruim e a contratação desse profissionais estrangeiros é para aproximar a relação do médico com a família. Ainda de acordo com Lastória, 80% da população saiu da alta e médica complexidade da saúde com o Mais Médicos e isso foi um avanço para o setor da saúde no País. A presença permanente dos médicos é uma estratégia para melhorar o atendimento da saúde da família. O secretário ainda afirmou que os médicos estarão 8 horas por dia realizando atendimentos para a população, o que vai melhorar a relação entre médico e os pacientes. Com 8 horas de trabalho é possível o médico conhecer melhor seu paciente, a família como no meu tempo era. Hoje não é possível porque nossos profissionais da rede pública têm seus consultórios e não tem tempo à disposição de se entrosar com a família, ressaltou. O secretário disse que até o final de abril serão contratados mais 100 médicos na quarta etapa do programa. Ele afirmou que 50% estão com cobertura total dos municípios. Neste terceiro ciclo as cidades de Campo Grande não foram contempladas e estão com cobertura muito baixa, mas já estão inseridas para próxima etapa. Para o médico cubano Denis Revé Carrion, de 44 anos, o que o levou a se candidatar ao programa foi a vontade de conhecer o funcionamento do SUS. De acordo com ele, o Brasil é o único país do mundo que tem esse sistema. Eu quero conhecer esse sistema e também com meus conhecimentos ajudar a população mais pobre que precisa de médico, afirmou o profissional. Com quase 25 anos de carreira, Carrion já esteve na Venezuela por três anos e agora resolveu vir para o Brasil e aprender como funciona o sistema da saúde brasileira. Segundo o médico, os profissionais que estão no programa têm muito a ajudar as pessoas que precisam da saúde. Carrion foi designado para atender no município de Guia Lopes da Laguna e está ansioso para atender a população. Estou indo para uma vaga vazia que não tinha médico e o município estará bem atendido. Vou poder ajudar com meus conhecimentos, afirma. De acordo com Carrion, o programa é bom porque além de serem remunerados ainda vão contar com alimentação, transporte e moradia. O médico disse que está satisfeito com o salário porque aqui ele será mais remunerado do que em seu país. Estou feliz porque vou receber cerca de R$ 3 mil e se estivesse em Cuba com certeza receberia bem menos, ressalta. O médico contou ainda que deixou a esposa e uma filha de 11 anos e sabe a importância da família ter um bom acompanhamento médico. Ao ser questionado a respeito de o salário ser inferior aos profissionais do país ele disse que isso não é essencial. Seria bom se recebêssemos mais, mas para mim não é o fundamental, minha família é estruturada e o que quero é ajudar os menos favorecidos, finaliza. Após a capacitação, os médicos atuarão nas cidades de Amambai, Angélica, Aparecida do Taboado, Bandeirantes, Batayporã, Bodoquena, Cassilândia, Chapadão do Sul, Coronel Sapucaia, Deodápolis, Dois Irmãos do Buriti, Eldorado, Guia Lopes da Laguna, Iguatemi, Itaquiraí, Jardim, Laguna Carapã, Miranda, Mundo Novo, Novo Horizonte do Sul, Porto Murtinho, Ribas do Rio Pardo, Rio Verde, Rochedo, Santa Rita do Pardo, Selvíria e Taquarussu.