VERSÃO DE IMPRESSÃO
Cidades
22/06/2025 08:06:00
Prometido, licitado e parado: Centro de Belas Artes segue abandonado em Campo Grande
Obra está há mais de três décadas parada e, mesmo após nova licitação, segue sem avanço concreto

TMN/PCS

Foto: Marco Codignola

Entulhos na frente e obra de fachada, esse é o atual cenário do Centro de Belas Artes, que conta com poucos trabalhadores atuando na reforma que deveria ser entregue em menos de um ano, em Campo Grande. Imagens aéreas feitas pelo TopMídiaNews mostra que quase nada evoluiu desde o início da retomada das obras.

Com movimentação concentrada apenas na frente do prédio, justamente o lado voltado para a Avenida Ernesto Geisel, por onde passam diariamente milhares de moradores, na parte de trás e lateral segue igualmente abandonada.

Dois trabalhadores aparentemente envolvidos em alguma atividade foram encontrados no local, enquanto cinco ou seis outros permanecem parados, dispersos, conversando, olhando para o nada, notou o fotojornalista Marco Codignola que fez as imagens aéreas.

Mesmo com a promessa da gestão Adriane Lopes (Progressistas) de retomar e concluir a construção do Centro de Belas Artes, que já consumiu dinheiro público por mais de 30 anos, o que se vê até agora, passados seis meses de 2025, é uma movimentação que parece não render.

A contratação de uma empresa para finalmente dar fim à obra inacabada chegou a ser anunciada como um marco histórico para Campo Grande, com previsão de investimento de R$ 7 milhões e entrega em até um ano após o início dos trabalhos. No entanto, o prazo corre e a estrutura permanece em ruínas.

O espaço, localizado no Cabreúva, deveria abrigar uma referência cultural para a Capital, mas em vez disso, virou cartão-postal do abandono e da má gestão passado de uma gestão a outra.

O anúncio da retomada chegou a ser publicado em edição extra do Diário Oficial, no final de 2024, com promessas de um projeto grandioso. Hoje, o que se vê é um canteiro de obras desorganizado, com aparente esforço mínimo e um cenário que mais lembra improvisação do que reconstrução.

Com mais de três décadas de promessas não cumpridas, o que era para ser um centro de arte e cultura segue como símbolo da ineficiência e do descaso do poder público.