Cidades
03/07/2014 09:00:00
Sem chuvas, Cantareira perdeu volume em 90% dos dias do ano
Nível do Sistema Cantareira acumula 163 dias de queda no 1º semestre. Nos seis primeiros meses do ano choveu apenas 56,5% do esperado.
G1/PCS
\n \t O nível do Sistema Cantareira acumulou quedas em 165 dias no primeiro \n semestre. O número significa que em 90% dos 181 dias do período o \n Cantareira entregou para a população mais água do que recebeu das \n chuvas. O conjunto de represas abastece 9 milhões de pessoas na Grande \n São Paulo.
\n \t Nestes seis primeiros meses do ano, choveu 494,4 milímetros 56,5% do \n índice previsto segundo a média histórica, que era de 875,1 milímetros. \n Os dados são da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo \n (Sabesp).\n \n \t A sequência de quedas é causada, principalmente, pela estiagem. Na \n quarta-feira (2), o comitê que acompanha a crise no Cantareira decidiu \n que a Sabesp deve fazer nova redução no volume de água retirada dos \n reservatórios do sistema.
\n \t A Sabesp previa usar 20,9 metros cúbicos por segundo no mês de julho. \n Porém, o Grupo Técnico de Assessoramento para Gestão do Sistema \n Cantareira (GTAG) recomendou à Agencia Nacional de Águas (ANA) e ao \n Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) que estabeleçam como \n meta o uso de 19,7 metros cúbicos por segundo na primeira quinzena do \n mês. Depois disso, a situação será reavaliada.
\n \t Nesta semana a Sabesp anunciou nova medida para auxiliar, \n indiretamente, parte da população que depende do Cantareira. O Sistema \n Rio Grande terá 500 litros por segundo destinados ao Sistema Alto Tietê,\n que já abastece parte da população que dependia do Cantareira.\n \n \t Volume morto e campanhas
\n \t Após descartar o racionamento como solução, a Sabesp realizou obras \n para captar o chamado volume morto reserva técnica que fica abaixo do \n nível das comportas. Essa água começou a ser retirada com a ajuda de \n bombas flutuantes em 16 de maio. Com a entrada de 182,5 bilhões de \n litros de água dessa reserva, o volume do sistema saltou de 8,2% para \n 26,7%. Em 30 de junho, o percentual chegou a 20,6%.\n \n \t Nesta quinta-feira (3), o sistema atingiu pela primeira vez o total \n acumulado de 20% após o início do uso do volume morto. Se o uso do \n "fundo das represas" não entrasse na conta, o nível seria de 1,5% da \n capacidade.\n \n No primeiro semestre, fevereiro foi o mês do ano com o maior total de pontos\n percentuais perdidos de água: 5,5.\n \n Apenas em seis dias nos seis primeiros meses do ano o nível do Cantareira\n subiu. Quatro deles foram em março, quando choveu 193,5 mm (9,4 mm a mais do\n que o esperado, que era 184,1 mm). Este foi o único mês em que o volume de\n precipitação superou o aguardado.\n \n Queda constante em junho
\n Apesar de fevereiro ter sido o mês em que mais o Sistema Cantareira perdeu\n água, junho foi um dos mais críticos para o sistema.
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\n Além de já ter todas as medidas antirracionamento aplicadas - parte da\n população abastecida por outros sistemas, política de descontos, redução na\n vazão - e uma temperatura média 6,8º C menor do que em fevereiro,nbsp; o mês\n de junho teve queda constante no nível de água e não apresentou recuperação em\n nenhum dia. Foram perdidos 4,2 pontos percentuais, uma média de 0,14 por dia.
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\n A crise se agravou pela baixa quantidade de chuvas na região. Bem abaixo da\n média de 56 milímetros, choveu apenas 15,9 milímetros durante todo o mês.\n \n Em julho, mês de inverno e também com previsão de poucas chuvas, a crise\n deve continuar se agravando. Até agora ainda não choveu na região dos\n reservatórios durante os primeiros dias do mês.\n \n Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, que também forneceu as\n temperaturas médias mensais de 2014, a previsão para julho é de poucas chuvas\n na região dos reservatórios.\n \n Menos água em julho
\n Nesta quarta-feira (3), o comitê que acompanha a crise no Cantareira decidiu\n que a Sabesp deve retirar menos água dos reservatórios do Sistema. A pretensão\n da empresa era de usar 20,9 metros cúbicos por segundo no mês de julho. Porém,\n o comitê recomendou à Agencia Nacional de Águas (ANA) e ao Departamento de\n Águas e Energia Elétrica (DAEE) que estabeleçam como meta o uso de 19,7 metros\n cúbicos por segundo na primeira quinzena do mês. Depois disso, a situação será\n reavaliada\n \n Para dar esse número, o comitê considerou um cenário com entrada de água no\n Sistema de 50% da mínima histórica mensal. Em junho, por exemplo, entrou apenas\n 46% da mínima histórica registrada no mês desde 1930. A Sabesp informou, por\n meio de nota, que as metas estabelecidas pela ANA e pelo DAEE são suficientes\n para garantir o abastecimento.\n \n nbsp;\n \n
\n \t Nestes seis primeiros meses do ano, choveu 494,4 milímetros 56,5% do \n índice previsto segundo a média histórica, que era de 875,1 milímetros. \n Os dados são da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo \n (Sabesp).\n \n \t A sequência de quedas é causada, principalmente, pela estiagem. Na \n quarta-feira (2), o comitê que acompanha a crise no Cantareira decidiu \n que a Sabesp deve fazer nova redução no volume de água retirada dos \n reservatórios do sistema.
\n \t A Sabesp previa usar 20,9 metros cúbicos por segundo no mês de julho. \n Porém, o Grupo Técnico de Assessoramento para Gestão do Sistema \n Cantareira (GTAG) recomendou à Agencia Nacional de Águas (ANA) e ao \n Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) que estabeleçam como \n meta o uso de 19,7 metros cúbicos por segundo na primeira quinzena do \n mês. Depois disso, a situação será reavaliada.
\n \t Nesta semana a Sabesp anunciou nova medida para auxiliar, \n indiretamente, parte da população que depende do Cantareira. O Sistema \n Rio Grande terá 500 litros por segundo destinados ao Sistema Alto Tietê,\n que já abastece parte da população que dependia do Cantareira.\n \n \t Volume morto e campanhas
\n \t Após descartar o racionamento como solução, a Sabesp realizou obras \n para captar o chamado volume morto reserva técnica que fica abaixo do \n nível das comportas. Essa água começou a ser retirada com a ajuda de \n bombas flutuantes em 16 de maio. Com a entrada de 182,5 bilhões de \n litros de água dessa reserva, o volume do sistema saltou de 8,2% para \n 26,7%. Em 30 de junho, o percentual chegou a 20,6%.\n \n \t Nesta quinta-feira (3), o sistema atingiu pela primeira vez o total \n acumulado de 20% após o início do uso do volume morto. Se o uso do \n "fundo das represas" não entrasse na conta, o nível seria de 1,5% da \n capacidade.\n \n No primeiro semestre, fevereiro foi o mês do ano com o maior total de pontos\n percentuais perdidos de água: 5,5.\n \n Apenas em seis dias nos seis primeiros meses do ano o nível do Cantareira\n subiu. Quatro deles foram em março, quando choveu 193,5 mm (9,4 mm a mais do\n que o esperado, que era 184,1 mm). Este foi o único mês em que o volume de\n precipitação superou o aguardado.\n \n Queda constante em junho
\n Apesar de fevereiro ter sido o mês em que mais o Sistema Cantareira perdeu\n água, junho foi um dos mais críticos para o sistema.
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\n Além de já ter todas as medidas antirracionamento aplicadas - parte da\n população abastecida por outros sistemas, política de descontos, redução na\n vazão - e uma temperatura média 6,8º C menor do que em fevereiro,nbsp; o mês\n de junho teve queda constante no nível de água e não apresentou recuperação em\n nenhum dia. Foram perdidos 4,2 pontos percentuais, uma média de 0,14 por dia.
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\n A crise se agravou pela baixa quantidade de chuvas na região. Bem abaixo da\n média de 56 milímetros, choveu apenas 15,9 milímetros durante todo o mês.\n \n Em julho, mês de inverno e também com previsão de poucas chuvas, a crise\n deve continuar se agravando. Até agora ainda não choveu na região dos\n reservatórios durante os primeiros dias do mês.\n \n Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, que também forneceu as\n temperaturas médias mensais de 2014, a previsão para julho é de poucas chuvas\n na região dos reservatórios.\n \n Menos água em julho
\n Nesta quarta-feira (3), o comitê que acompanha a crise no Cantareira decidiu\n que a Sabesp deve retirar menos água dos reservatórios do Sistema. A pretensão\n da empresa era de usar 20,9 metros cúbicos por segundo no mês de julho. Porém,\n o comitê recomendou à Agencia Nacional de Águas (ANA) e ao Departamento de\n Águas e Energia Elétrica (DAEE) que estabeleçam como meta o uso de 19,7 metros\n cúbicos por segundo na primeira quinzena do mês. Depois disso, a situação será\n reavaliada\n \n Para dar esse número, o comitê considerou um cenário com entrada de água no\n Sistema de 50% da mínima histórica mensal. Em junho, por exemplo, entrou apenas\n 46% da mínima histórica registrada no mês desde 1930. A Sabesp informou, por\n meio de nota, que as metas estabelecidas pela ANA e pelo DAEE são suficientes\n para garantir o abastecimento.\n \n nbsp;\n \n