\n \n O corregedor-geral da prefeitura de São Paulo, Edilson Mongenot, deu uma\n entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira sobre as denúncias do pagamento\n de R$ 1,6 milhões em propinas para liberar obras irregulares nos shoppings\n Higienópolis e Paulista, em São Paulo. Mongenot afirmou que, caso se comprove\n o esquema ilícito, o shopping Higienópolis pode ser interditado, ou até mesmo\n demolido.\n \n "Se tiver uma área irregular de 100 m, mas uma área regular de 2 mil m, nós\n vamos focar nos 100 m",\n explicou o corregedor. Entre as denúncias, está a de que o shopping\n Higienópolis funciona com uma autorização ilícita. A corregedoria requisitará\n amanhã o contrato do estabelecimento para averiguar a informação. Há suspeitas\n de que o contrato com uma empresa particular que participa da gerência do\n estacionamento do local seja ilegal.\n \n A propina seria paga ao ex-diretor do Departamento de Aprovação de\n Edificações (Aprov) da prefeitura de São Paulo, Hussain Aref Saab. Ele foi\n exonerado pelo prefeito Gilberto Kassab quando as denúncias estouraram. No\n entanto, garante Mongenot, existem mais pessoas envolvidas no esquema.\n \n O Ministério Público de São Paulo cumpriu na manhã desta quinta-feira\n mandados de busca e apreensão na casa e na empresa de Hussain Aref Saab. O\n promotor de Justiça do Patrimônio Público Silvio Antonio Marque também afirmou\n que as investigações não envolvem apenas o ex-servidor, nem o vereador Aurélio\n Miguel (PR), acusado de participação no esquema de pagamento de propinas para\n liberação de obras em São\n Paulo.