Cidades
12/08/2013 09:00:00
Sócio da Salute admite que é atravessador na compra de merendas para os Ceinfs
Assim fica mais barato do que ir às fábricas no Rio Grande do Sul, por exemplo e também pagar frete e diferença de ICMS, confessou.
Midiamax/PCS
\n \n Em oitiva nesta segunda-feira (12) para a CPI do Calote, na Câmara\n de Campo Grande, um dos sócios da Salute Distribudora de Alimentos, Érico\n Chezini Barreto, admitiu que a microempresa compraria produtos de grandes\n atacadistas e repassava aos Centros de Educação Infantil (Ceinfs). \n \n Assim fica mais barato do que ir às fábricas no Rio Grande do\n Sul, por exemplo e também pagar frete e diferença de ICMS, confessou. Um dos\n atacadistas citados pelo empresário foi o Atacadão, porém durante a oitiva a\n equipe do vereador Paulo Siufi (PMDB) ligou para o supermercado, que desmentiu\n a entrega dos produtos. \n \n Nervoso por deixar a entender ser um atravessador, Érico mudou a\n versão e disse que não teria dito nada disso, mas sim que contava com um frete\n para o transporte dos alimentos e ainda não conseguiu explicar como\n transportava as carnes de boi e frango, que necessitam de um transporte\n refrigerado. \n \n Todas as entregas foram feitas com caminhões adequados. Não há\n nada irregular e posso apresentar licenças de tudo, afirmou. Para as entregas\n a Salute contratou o empresário Enio Roberto Bornholdt, justificando que o\n grupo não possui caminhões, apesar de ter duas sedes, uma administrativa e\n outra operacional e que a imprensa não achou o local certo, ao mostrar que a\n empresa funciona em uma saleta. \n \n Questionado pelos vereadores quem seria responsabilizado caso\n algum erro ocorra com a entrega, Erico afirmou que será a Bornholdt. Foi então\n que o presidente da CPI, vereador Paulo Siufi (PMDB), ironizou dizendo que a\n Salute é uma empresa abençoada por Deus. \n \n Ao explicar como ele e o sócio Aldoir Luiz Szizeski conseguirem o\n contrato milionário, de R$ 4,3 milhões com a prefeitura, Erico afirmou que a\n Salute não foi aberta especificamente para fechar contrato com a prefeitura,\n mas admitem que a microempresa não tenha capacidade de atender outro\n fornecedor, já que são apenas três funcionários atuando. \n \n Coincidentemente ganhamos 43 itens, dos aproximadamente 60 itens\n do processo, além disso atendemos todos os requisitos, afirmou Erico. O\n empresário ainda afirmou que, quanto aos preços suspeitos de itens estarem\n abaixo do preço de grandes atacadistas, há itens que no leilão custavam menos\n do que o praticado. \n \n Ou seja, como que consegue ofertar um produto a centavos e em 30\n dias dobra de preço? Isso lembra a Jagás, que ofereceu um preço e no contrato\n emergencial o valor é muito maior. Muito suspeito, concluiu o vereador Elizeu\n Dionízio (PSL), relator da CPI.\n \n Os\n vereadores também afirmaram acharem estranho o fato da empresa anterior\n fornecedora de alimentos para a Secretaria de Assistência Social (SAS) não\n receber e a Salute afirma receber da Prefeitura de Campo Grande em no máximo\n sete dias.\n \n \n \n \n