VERSÃO DE IMPRESSÃO
Cidades
12/06/2013 12:00:59
Usina fatura R$ 24 milhões por mês, mas não paga funcionários há 150 dias
A usina faturava em média R$ 24 milhões por mês e a dívida com os funcionários somam R$ 3 milhões.

Midiamax/AB

\n \n Cerca de 200 trabalhadores da Usina de Álcool de Sidrolândia,\n pertencente ao Grupo Companhia Brasileira de Açúcar e Álcool (CBAA), foram\n nesta quarta-feira (12) a Campo Grande protestar pelos 150 dias que trabalharam\n sem receber. A usina faturava em\n média R$ 24 milhões por mês e a dívida com os funcionários\n somam R$ 3 milhões. \n \n Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), que acompanha o\n caso, a empresa é conhecida por dar o calote em funcionários. “Desde 1990, o\n MPT autua a CBAA por problemas, são multas atrás de multas não pagas, ações não\n cumpridas, realmente problemática”, disse o procurador do Trabalho, Paulo\n Douglas Almeida de Moraes. \n \n Em parceria com o MPT e o Sindicato dos Trabalhadores das\n Indústrias de Açúcar e Álcool da região de Rio Brilhante (STIAA), os\n funcionários entraram com uma ação civil pública contra a empresa para a saída\n conjunta de mais de 300 pessoas. \n \n O juiz Renato Luiz Miyasato, titular da 7ª. Vara do Trabalho de\n Campo Grande, dará a sentença no dia 25 deste mês. “Ele irá decidir se a\n empresa deve pagar as verbas rescisórias como se tivesse mandado todo mundo\n embora”, explicou o promotor. \n \n O MPT também move uma ação por dano moral coletivo e individual,\n por entender que os trabalhadores sofreram violações de suas honras. “Eles estão\n lá trabalhando, cumprindo com sua parte no contrato e eles não pagam, não\n recolhem FGTS, nem cumprem com decisões judiciais”, comentou Paulo Douglas. \n \n Os trabalhadores que fazem parte da atual ação judicial estão\n divididos em três grupos: os que permanecem trabalhando por acreditarem nas\n promessas das empresas; os que pediram demissão e fizeram acordo para que\n recebam menos e parcelado; e os que se demitiram e pleiteiam sua rescisão\n correta via judicial. Ao todo, cerca 450 trabalhadores já saíram da empresa. \n \n O restante, no protesto desta manhã, chamavam o dono do grupo\n CBAA, José Pessoa, de “Zé Caloteiro”, “Zé Mentira”, “Zé Ninguém”. Eles\n percorreram com auto-falantes e faixas as ruas do centro da capital,\n acompanhados da Polícia Militar e de representantes do sindicato. A sede da\n empresa fica em Rio Preto\n (SP). \n \n De acordo com o presidente do STIIAA, Oviedo Santos, atualmente a\n empresa está falida e sua dívida supera R$ 1 bilhão. “Esse grupo comprou a\n antiga usina Santa Olinda, em 1996, antes disso não tínhamos problemas nenhum.\n Hoje estamos implorando que a opinião pública nos ajude a acabar com os\n calotes”, disse o presidente. \n \n Em 2009 a\n empresa foi condenada a pagar R$ 1,3 milhão em dívidas trabalhistas, mas hoje,\n quase quatro anos depois ninguém recebeu. “Fizeram um plano de recuperação\n judicial, mas nem isso eles cumpriram”, afirmou Oviedo. \n \n Corina Magalhães, de 48 anos, atuou como serviços gerais durante\n sete anos na usina e contou que por várias vezes o pagamento já atrasou. “Tem\n setor que ficava três meses sem receber, pagava um mês sim um mês não”,\n concluiu. Seu salário é de R$ 760,00 bruto.\n \n Cerca de 200 trabalhadores da Usina de Álcool de Sidrolândia,\n pertencente ao Grupo Companhia Brasileira de Açúcar e Álcool (CBAA), vieram\n nesta quarta-feira (12) a Campo Grande protestar pelos 150 dias que trabalharam\n sem receber. A usina faturava em\n média R$ 24 milhões por mês e a dívida com os funcionários\n somam R$ 3 milhões. \n \n Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), que acompanha o\n caso, a empresa é conhecida por dar o calote em funcionários. “Desde 1990, o\n MPT autua a CBAA por problemas, são multas atrás de multas não pagas, ações não\n cumpridas, realmente problemática”, disse o procurador do Trabalho, Paulo\n Douglas Almeida de Moraes. \n \n Em parceria com o MPT e o Sindicato dos Trabalhadores das\n Indústrias de Açúcar e Álcool da região de Rio Brilhante (STIAA), os\n funcionários entraram com uma ação civil pública contra a empresa para a saída\n conjunta de mais de 300 pessoas. \n \n O juiz Renato Luiz Miyasato, titular da 7ª. Vara do Trabalho de\n Campo Grande, dará a sentença no dia 25 deste mês. “Ele irá decidir se a\n empresa deve pagar as verbas rescisórias como se tivesse mandado todo mundo\n embora”, explicou o promotor. \n \n O MPT também move uma ação por dano moral coletivo e individual,\n por entender que os trabalhadores sofreram violações de suas honras. “Eles estão\n lá trabalhando, cumprindo com sua parte no contrato e eles não pagam, não\n recolhem FGTS, nem cumprem com decisões judiciais”, comentou Paulo Douglas. \n \n Os trabalhadores que fazem parte da atual ação judicial estão divididos\n em três grupos: os que permanecem trabalhando por acreditarem nas promessas das\n empresas; os que pediram demissão e fizeram acordo para que recebam menos e\n parcelado; e os que se demitiram e pleiteiam sua rescisão correta via judicial.\n Ao todo, cerca 450 trabalhadores já saíram da empresa. \n \n O restante, no protesto desta manhã, chamavam o dono do grupo\n CBAA, José Pessoa, de “Zé Caloteiro”, “Zé Mentira”, “Zé Ninguém”. Eles\n percorreram com auto-falantes e faixas as ruas do centro da capital, acompanhados\n da Polícia Militar e de representantes do sindicato. A sede da empresa fica em Rio Preto (SP). \n \n De acordo com o presidente do STIIAA, Oviedo Santos, atualmente a\n empresa está falida e sua dívida supera R$ 1 bilhão. “Esse grupo comprou a\n antiga usina Santa Olinda, em 1996, antes disso não tínhamos problemas nenhum.\n Hoje estamos implorando que a opinião pública nos ajude a acabar com os\n calotes”, disse o presidente. \n \n Em 2009 a\n empresa foi condenada a pagar R$ 1,3 milhão em dívidas trabalhistas, mas hoje,\n quase quatro anos depois ninguém recebeu. “Fizeram um plano de recuperação\n judicial, mas nem isso eles cumpriram”, afirmou Oviedo. \n \n Corina Magalhães, de 48 anos, atuou como serviços gerais durante\n sete anos na usina e contou que por várias vezes o pagamento já atrasou. “Tem\n setor que ficava três meses sem receber, pagava um mês sim um mês não”,\n concluiu. Seu salário é de R$ 760,00 bruto.