\n \n Os cinco vereadores\n cassados pela juíza Elizabeth Rosa Baisch, da 36ª Zona Eleitoral, em Campo\n Grande, por compra de votos, poderão decidir, por ironia do destino, pela cassação\n do mandato do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP). \n \n Isto se, até o\n julgamento político do prefeito, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) não\n decidir pelo afastamento definitivo dos vereadores. Por enquanto, eles estão\n exercendo o mandato por força de liminar concedida pelo tribunal até o\n julgamento do mérito dos recursos, conforme matéria de hoje (27) do jornal\n Correio do Estado. \n \n A\n exceção é de Alceu Bueno (PSL) que ainda aguarda liminar para permanecer no\n Legislativo. De todos os cassados, Thais Helena (PT) encontra-se licenciada\n para ocupar o cargo de secretária municipal de Assistência Social. Em seu lugar\n na Câmara, está Marcos Alex (PT) que recebeu a dura missão de ser o líder do\n prefeito. Portanto, é um voto certo contra a abertura de processo de cassação\n de Bernal. \n \n Outro\n cassado, Alceu Bueno é um novo parceiro do prefeito. A posição dele contraria a\n posição do seu colega de bancada, Elizeu Dionizio, que na relatoria da CPI do\n Calote poderá ser o responsável pela recomendação da instauração de Comissão\n Processante para julgar Bernal por crime de responsabilidade. Nos últimos\n embates no plenário, Bueno tem votado contra Elizeu.nbsp;\n \n O\n vereador Paulo Pedra (PDT), cassado duas vezes pela juíza Elisabeth Baisch,\n nunca escondeu o desejo de se aliar ao prefeito. Hoje,nbsp;Pedra diz não estar\n na base aliada do prefeito e anunciou sua disposição de votar pela cassação se\n houver comprovação de irregularidades nos contratos milionários da prefeitura\n com empresas, inclusive, as de fachada. Outro cassado que pode votar pela\n cassação é o vereador Delei Pinheiro (PSD).\n \n Delei\n vai depender do conteúdo do relatório da CPI do Calote e, sobretudo, do parecer\n da Comissão Processante para apoiar a decretação da cassação do mandato do\n prefeito.nbsp;O presidente da Câmara Municipal, vereador Mario Cesar (PMDB), o\n primeiro a ser cassado pela juíza Elisabeth Baisch, só votaria em caso de empate.\n \n \n