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Cidades
28/01/2013 09:38:17
Viaturas quebradas impedem atendimento imediato dos Bombeiros em Campo Grande
Mas é um sentimento que raramente se estende a uma reflexão de como é dura a rotina destes profissionais.

Midiamax/PCS

Quartel que estaria sem viaturas atende ao menos 100 mil pessoas do Guanandi e entorno (Foto: Cleber Gellio)
\n \n Quando uma pessoa\n presencia o resgate de um bombeiro, geralmente sente admiração por quem arrisca\n a vida para salvar o próximo. Mas é um sentimento que raramente se estende a\n uma reflexão de como é dura a rotina destes profissionais. No bairro Guanandi, por\n exemplo, há pelo menos cinco meses a categoria conta que está sem viaturas para\n atender a população, algo que já fez estes profissionais saírem para fazer o\n socorro a pé ou até mesmo com o próprio carro. \n \n Neste período, a\n população do Guanandi e entorno fez até um protesto ‘quase anônimo’ e um\n abaixo-assinado pedindo providências. Eles querem uma estrutura melhor e\n principalmente a continuidade do quartel na região, já que o boato é de que a\n sede do bairro seria desativada e os bombeiros levados para o quartel central. \n \n ”Desde que tivemos\n a determinação de economia de 20%, estamos quase todos os dias sem viaturas na\n unidade do Guanandi. No Ano Novo, por exemplo, fomos nós bombeiros que\n consertamos uma viatura que tinha ‘pifado’ para atender a população. O acelerador\n estava com problema por falta de uma mola e nós compramos e resolvemos o\n problema”, afirma um bombeiro que prefere não se identificar. \n \n Ele, bem como os\n colegas do quartel do Guanandi, atendem ao menos 100 mil moradores do bairro e\n também do Jardim Leblon, Coophavila, União, Caiobá, Tijuca, Parque do Sol e\n Vila Jacy, entre outros. “Isso sem falar na enorme quantidade de acidentes que\n ocorrem no cruzamento da Manoel da Costa Lima com a Norte Sul. São nestas\n ocasiões que vamos a pé ou com o nosso carro dependendo da gravidade”, relata\n outro bombeiro da corporação. \n \n Midiamax flagrou\n dezenas de veículos no conserto em galpão atrás da avenida Guaicurus \n \n A reportagem do Midiamax\n foi ao local onde são entregues as viaturas para o conserto. São dezenas estacionadas\n em um galpão de fundo para a avenida Guaicurus, além de veículos da Polícia\n Militar e Detran/MS (Departamento Estadual de Trânsito). “São problemas no\n sistema de injeção eletrônica, giroflex e outros crônicos. Acontece que toda\n vez que chega o orçamento o governo não libera a verba e elas ficam lá\n paradas”, comenta um bombeiro que semanalmente ‘visita’ os carros. \n \n O problema\n sensibiliza e virou até pauta diária de uma rádio comunitária: a Maracanã FM.\n Segundo o diretor, Ozias Martins, desde quando os bombeiros se alojaram naquele\n quartel, eles têm essa dificuldade com as viaturas. “Um dos bairros mais\n antigos de Campo Grande, o Guanandi enfrenta não só este problema como também a\n falta de um posto policial. Você vai andar por aqui e só vai ver a guarita\n depredada ali”, aponta Martins. \n \n Radialista pede\n providências diárias na FM Comunitária e diz que já presenciou socorro a pé dos\n bombeiros \n \n Já o radialista\n Ivanor de Oliveira Brites, 38 anos, que ‘abraçou a causa’, conta que já viu os\n bombeiros saírem correndo do quartel para atender uma vítima que havia caído\n com o carro dentro do córrego. \n \n “Eles nem esperaram\n as viaturas de outro quartel chegarem, simplesmente saíram correndo até a\n avenida com as ferramentas na mão. Estes sim se preocupam com a população e não\n os superiores que sempre arranjam desculpas para proporcionar uma estrutura\n adequada. E nós não desistimos, vamos continuar cobrando”, comenta ao Midiamax\n o radialista. \n \n Conhecida como a\n ‘vó dos bombeiros’, D. Amélia Manoelita, 68 anos, que há 36 anos mora no\n Guanandi e convive com os militares, implora a resolução do impasse. “Não vamos\n deixar eles saírem daqui e, se precisar, fazemos novos protestos”, diz a\n aposentada que por diversas vezes contou com a ajuda para chegar bem ao\n hospital. \n \n Comandante garante\n que todas as unidades possuem viaturas e que são feitas manutenções constantes \n \n Questionado a\n respeito do problema, o comandante do Corpo de Bombeiros, O comandante-geral do\n Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, coronel Ociel Ortiz Elias, explicou\n que cada unidade possui viaturas de resgate, combate a enchente e incêndio. “O\n conserto pode demorar um pouco mais que o previsto e ocasionar na falta de\n veículos, mas fazemos manutenções constantes”, garantiu o comandante. \n \n nbsp;\n \n \n \n \n