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Enquanto muitas pessoas deixam de ir atrás da primeira ou segunda dose da vacina contra a Covid-19, mesmo já pertencendo a algum grupo prioritário, existem aqueles que atravessam divisas para poder garantir a imunidade. Emanuela Spieker, de 16 anos, viajou mil quilômetros para garantir a segunda dose do imunizante em Campo Grande.
Moradora de Curitiba, a adolescente, com comorbidade, veio até a capital sul-mato-grossense para tomar a dose reforço da Pfizer. “É uma alegria muito grande poder me imunizar, é uma oportunidade que estão dando aqui em Campo Grande”, disse a curitibana.
A mãe da jovem, Fabiola di Paoli, de 48 anos, disse que na primeira viagem, chegaram a Capital de carro e, desta vez, para otimizar o tempo, viajaram de avião. Ela explica que a filha sempre quis se imunizar, que a ansiedade pela dose falou mais alto e a família se organizou para poder trazê-la a Campo Grande, pioneira na vacinação em adolescentes com comorbidades.
“Como o Município foi o único na época a abrir vacinação para adolescente com comorbidades, viemos com a Emanuela para cá. É uma atitude humanitária da cidade abrir a vacinação para esse público”, comentou. A mãe da adolescente quis agradecer pessoalmente a gestão da cidade.
O prefeito Marquinhos Trad (PSD) disse que as portas estão abertas para todos os moradores e, inclusive, de fora do estado. “A gente abre as portas pra todos os estados e seres humanos, independente de cor, raça, etnia ou conta bancária”, comentou.
O titular da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) explicou que a vacinação para a Emanuela é permitida, sim, em Campo Grande, apesar da adolescente morar em Curitiba. “Nós entendemos que o SUS é universal. No entanto, de acordo com cadastro, comprovando a comorbidade, não estamos criando empecilho para as pessoas se vacinarem”, disse.