Correio do Estado/LD
O laboratório inglês AstraZeneca pode ter que fornecer doses prontas da vacina ao Brasil caso haja atraso na entrega do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA).
O insumo é produzido na China e tem previsão para chegar ao país até 25 de janeiro, porém, na hipótese do cronograma não ser cumprido, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) já anunciou seu 'plano B'.
A alternativa foi firmada por meio de contrato entre as empresas de forma a assegurar o acesso ao imunizante.
Em entrevista a CNN Brasil, a infectologista e pesquisadora da Fiocruz, Margareth Dalcomo, disse que o Brasil tem plena condição de produzir as doses, mas não pode fazer isso sem a chegada do insumo.
"Estamos com a linha de produção completamente pronta para dar início. Precisa ter o ingrediente, a matéria-prima. Não podemos fazer nada sem ter a IFA chegada do exterior.", explicou.
Segundo a especialista, seguindo o planejamento atual, a previsão é de que até o início de fevereiro a Fundação já tenha 15 milhões de doses prontas da vacina, sempre em escala crescente, "fechando o primeiro semestre com 110 milhões de doses entregues ao Ministério da Saúde".
Atualmente, a espera é de que o IFA venha do exterior, porém a expectativa é de que até o outono haja a possibilidade de fabricação própria do insumo, desta forma, a vacina passará a ser nacionalizada, e levará o nome de AstraZeneca/Fiocruz.
"A vacina será completamente brasileira e a capacidade de produção supera, no segundo semestre, a necessidade do Brasil, podendo colaborar com outros países da região.", finalizou Dalcomo.