Sheila Forato
Maio foi o pior mês da pandemia de Coronavírus (Covid -19) em Coxim. Além do aumento no número de casos (735) e registros de mortes (12), as autoridades em saúde estão preocupadas com outro número: de pessoas internadas.
O Edição MS fez um levantamento das últimas quatro semanas epidemiológicas – 2 a 29 de maio - e mostra através de gráfico o aumento das internações em hospitais público e privado de Coxim.
Confira:
Na semana 18, os boletins epidemiológicos mostraram 46 internações (média diária de 6,57), na 19 foram 57 (8,14 por dia), já na 20 o número saltou para 78 (média diária de 11,14) e na 21 é mais preocupante ainda: 151, ou seja, 21,57 por dia.
Nesse período, a UTI (Unidade de Tratamento Intensiva) do Hospital Regional Álvaro Fontoura ficou lotada por praticamente todos os dias. Em apenas oito dias teve uma vaga e em um teve duas. Na maioria das vezes, os leitos vagavam em decorrência de mortes, porém, logo eram ocupados por pacientes que necessitavam de intubação.
O HR de Coxim já está atendendo com capacidade acima da que foi disponibilizada para o Coronavírus, que são 16 leitos clínicos e oito intensivos. O maior receio é a estrutura entrar em colapso, ou seja, não ter onde internar quem precisa de cuidados médicos constantes, como aconteceu recentemente em São Gabriel do Oeste.
Para evitar que isso aconteça, a Prefeitura decretou mini lockdown neste e no próximo final de semana, assim como no feriado de Corpus Christi, além de ter ampliado as restrições. A expectativa é que os casos diminuam com por conta da menor circulação das pessoas. O toque de recolher permanece das 21 às 5 horas.