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Ciência e Saúde
05/01/2024 15:55:00
Dengue matou mais idosos, mulheres e pessoas sem comorbidade em 2023

CGN/LD

Idosos, mulheres e pessoas sem comorbidade foram as maiores vítimas da dengue em 2023 em Mato Grosso do Sul. Ao longo do último ano, foram registradas 42 mortes pelo vírus transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti, 22 mulheres e 20 homens, maior número de mortes desde 2020 em todo o Estado. Conforme os dados da SES, 17 das 42 mortes foram de pessoas com 70 anos ou mais e 24 pessoas que morreram por complicações geradas pelo mosquito não tinham comorbidades relatadas, destacam os números da Secretaria Estadual de Saúde.

O maior número de mortes foi registrado no município de Três Lagoas. Campo Grande aparece em segundo na lista com seis óbitos ao longo dos últimos meses. Outras cinco mortes foram relatadas em Dourados, município próximo da fronteira com o Paraguai. As cidades de Aparecida do Taboado, Aquidauana, Juti e Laguna Carapã registraram duas mortes cada.

Outros 15 municípios: Bataguassu, Bela Vista, Bonito, Brasilândia, Coxim, Douradina, Guia Lopes, Itaquiraí, Ivinhema, Mundo Novo, Naviraí, Nova Alvorada, Novo Horizonte do Sul, Ribas do Rio Pardo, Rio Verde de Mato Grosso e Amambai registraram uma morte cada.

Além das 17 mortes de pessoas acima dos 70 anos, cinco pessoas com até 25 anos morreram em decorrência do vírus, entre as mortes, a de um criança de três anos confirmada em março último. Outras 11 mortes foram de pessoas com idade entre 50 e 69 anos, além de nove óbitos de pessoas com idade entre 28 e 47 anos. De acordo com a SES, 23 das 42 mortes aconteceram entre março e abril, o que representa 54% de todos os óbitos. Novembro foi o único mês em que não houve óbitos.

As últimas mortes confirmadas por dengue foram no dia 19 de dezembro, o primeiro caso, uma mulher de 68 anos, moradora de Bonito, interior do Estado, ao passo que a outra morte foi de um homem de 72 anos em Nova Alvorada do Sul.

Com o término do balanço, apenas as cidades de Terenos, Paranaíba, Tacuru e Aparecida do Taboado possuíam baixa incidência do mosquito, ao passo que os demais 75 municípios apresentaram alto risco de transmissão. Em ambas as mortes, a SES não relatou qualquer comorbidade nos idosos. Foram registrados 41.046 casos ao longo de 2023.