G1/LD
Estacionamentos exclusivos para mulheres, grupos de autoajuda, bolsas de estudo: às vezes parece que só o sexo feminino necessita de apoio extra. Contudo, sem negar que as mulheres realmente sejam prejudicadas em muitos campos, em comparação com os homens, também há problemas especificamente masculinos.
Celebrado em mais de 70 países, inclusive Alemanha e Brasil, o Dia Internacional do homem visa chamar a atenção para essas questões. Um exemplo é a insegurança em relação ao próprio papel: o tempo em que o homem era o chefe autoritário da família é coisa do passado em muitos lugares, e o conceito da masculinidade precisa ser repensado.
Em 2016, sob o lema "Chega de suicídio masculino", o Dia Internacional aborda um fenômeno mundial com características de epidemia: em média, três vezes mais homens se matam do que mulheres (na Rússia, por exemplo, essa proporção é de seis para uma). Seminários, debates e programas de rádio e televisão explorarão a relação entre gênero e suicídio, entre outros temas.
Enquanto o Dia Internacional da Mulher já surgiu cerca de 100 anos atrás, o do homem só se estabeleceu em 1999. Desde então houve alguns avanços: Nurembergue, por exemplo, é a primeira cidade da Alemanha a ter um conselheiro exclusivamente masculino, cujo papel é de interlocutor para os homens e seus problemas. Entre os assuntos frequentes, constam a violência doméstica e a disputa sobre a guarda dos filhos.
Ao que tudo indica, é realmente grande a demanda para esse tipo de ajuda, assim como a necessidade de espaços para assuntos exclusivamente masculinos, pois a agenda do conselheiro de Nurembergue já está lotada até o fim de dezembro.