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Ciência e Saúde
24/01/2013 09:00:00
Dispara procura por acupuntura no SUS
A técnica de enfermagem Maria do Carmo Medeiros do Amaral, de 55 anos, sofria com tendinite, e chegou a ter metade do rosto paralisado por conta de um espasmo facial.

UOL/HJ

\n \n A\n técnica de enfermagem Maria do Carmo Medeiros do Amaral, de 55 anos, sofria com\n tendinite, e chegou a ter metade do rosto paralisado por conta de um espasmo\n facial.\n \n \n \n Após\n tomar medicamentos, e não obter resultados, ela decidiu seguir a recomendação\n de se tratar com as agulhas da acupuntura.nbsp;\n \n \n \n Depois\n de 10 sessões, melhorou bastante. “Não preciso mais tomar remédio para a\n tendinite, nem para o espasmo. O meu rosto já está praticamente recuperado e\n não sinto mais dores”.\n \n \n \n Pessoas\n como ela fizeram o número de sessões da técnica na rede pública paulista\n explodirem. O número de aplicações cresceu quase sete vezes (567%), nos últimos\n cinco anos. Foram 264,4 mil aplicações em 2011 (último ano com dados\n consolidados), ante 39,6 em 2007.nbsp;\n \n \n \n O\n médico que atende a técnica de enfermagem, o ortopedista André Tsai, de 37\n anos, é especialista em acupuntura desde 2004. Ele atua no Hospital Geral de\n Pirajussara, em Embu das Artes.\n \n \n \n De\n acordo com ele, a prática vem sendo cada vez mais indicada pelos médicos,\n devido aos bons resultados. “O maior motivo da procura é por conta de dor\n crônica. A pessoa já está cansada de tomar remédios ou fazer tratamentos\n tradicionais, e descobre que a acupuntura pode aliviar essa dor”, afirma.\n \n \n \n A\n técnica milenar, criada na China, é reconhecida desde 1988 pelo SUS (Sistema\n Único de Saúde), mas só em 1995 começou a ser considerada especialidade médica\n pelo Conselho Federal de Medicina. nbsp;Além das dores crônicas, ela vem sendo\n bastante utilizada em pacientes com câncer, para reduzir náusea, vômitos e\n outros sintomas provocados pela quimioterapia. nbsp;“É um método seguro, com\n poucas contraindicações”, diz Rebeca Cecatto, do Instituto do Câncer.\n \n \n \n Maria\n do Carmo está na segunda fase do tratamento, e ainda fará mais 10 sessões. Uma\n vez por semana, é “agulhada” no rosto pelo Dr. Tsai. Segundo ela, o\n procedimento não causa nenhuma dor. “Fico completamente relaxada e, às vezes,\n até durmo”.\n \n \n \n O\n Dr. Tsai avisa que é necessário, sempre, um diagnóstico prévio de um médico.\n “Às vezes, uma dor nas costas pode ser reflexo de algo mais sério, como\n pancreatite. A acupuntura é uma prática complementar, não podendo substituir o\n tratamento médico.”nbsp;\n \n \n \n A\n Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, criada em 2006,\n passou a oferecer à população o acesso à terapias não convencionais. Além da\n acupuntura, tratamentos com homeopatia, fitoterápicos, plantas medicinais e\n práticas corporais, como o tai chi chuan, passaram a ser disponibilizados no\n SUS.\n \n \n \n \n