Nascida\n com insuficiência renal, Megan Carter recebeu um primeiro transplante em 2011,\n mas o novo órgão teve de ser removido no dia seguinte porque seu organismo o\n rejeitou. A menina carregava anticorpos que atacavam o órgão transplantado.\n \n Desde o\n transplante mal sucedido, ela vinha sendo submetida a diálises.\n \n Os\n chamados antígenos leucocitários humanos são comuns em adultos, sendo\n produzidos em resposta a transplantes, gravidezes ou doações de sangue.\n \n Quanto mais\n anticorpos deste tipo uma pessoa tiver, menores as chances de um transplante\n ser bem sucedido.\n \n Ao longo\n de uma semana, o sangue de Megan foi removido, filtrado e reintroduzido no\n corpo por meio de um novo tratamento conhecido como plasmaferese.\n \n Depois do\n procedimento, ela pôde receber um novo rim, doado por seu pai, Edward Carter.\n \n “Voltou à vida”\n \n Segundo a\n mãe de Megan, a menina "voltou à vida" desde que recebeu o\n transplante, há três meses, no hospital infantil Great Ormond Street, em\n Londres.\n \n "Seus\n cabelos estão sedosos, seus olhos voltaram a brilhar e ela não está mais\n pálida. É a menina que sempre deveria ter sido", disse Carol Carter.\n \n A partir\n de agora, a jovem precisará de medicamentos fortes para garantir que seu\n sistema imunológico não ataque o novo rim.\n \n "Na\n maioria dos transplantes usamos três medicamentos para reduzir a ação dos\n mecanismos de defesa do corpo. Neste caso, usamos quatro e eles são bem mais\n fortes", disse à BBC o pediatra Stephen Marks.\n \n O\n cirurgião Nizam Mamode disse esperar que o transplante melhore a qualidade de\n vida da adolescente.\n \n "Apesar\n de este ser apenas o primeiro caso, esperamos oferecer a outras crianças na\n mesma situação uma nova oportunidade de vida."\n \n \n