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A escolha do parceiro sexual pode estar ligada ao sistema imunológico da pessoa. Um estudo publicado pela revista científica “Nature” revela que o corpo procura antígenos leucocitários humanos (HLA, na sigla em inglês), responsáveis por criar anticorpos, diferentes dos seus para se relacionar. Segundo cientistas da Universidade de Dresden, na Alemanha, que analisaram o comportamento sexual de 254 casais, quanto maior a diferença entre os HLAs maior o desejo e também a satisfação sexual.
Para os coordenadores do estudo, esse movimento está relacionado à sobrevivência da espécie humana. Casais ou animais com HLA distintos aumentam a possibilidade de seus descendentes serem resistentes a um número maior de doenças. Para distinguir o HLA diferente o corpo usa o olfato, de acordo com os cientistas. No entanto, essa identificação por meio do cheiro não ocorre de maneira consciente.
Para a sexóloga e diretora da Corpus de Lune, Luni Freire, é preciso levar em consideração componentes sociais.
— Somos seres sociais. É muito comum usarmos recursos, como perfumes, na sedução, no primeiro encontro, o que atrapalharia isso (a atração através do cheiro natural). Isso seria válido para animais e tribos. Além disso, vivemos em um contexto social que influencia o interesse sexual — opina a sexóloga.
A psicóloga Denise de Figueiredo reafirma que as pessoas se atraem pelas outras influenciadas pelo ambiente em que estão inseridas. Para ela, a forma como se seduz o outro é algo que se aprende.
— Os opostos se atraem muito porque o estranho provoca curiosidade. Às vezes, a atração é só sexual e aquele não é o parceiro para vida toda. Não existe par perfeito, existem parcerias construídas, com esforço, vontade e desejo de dar certo.