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Ciência e Saúde
17/10/2020 09:56:00
Estrutura do Lacen foi essencial para mapear Covid-19 no Estado, avalia OMS

Correio do Estado/LD

O investimento em equipamentos e estrutura do Laboratório Central de Mato Grosso do Sul (Lacen-MS) e os esforços para mapear a doença no Estado por meio da realização de testes para detectar o coronavírus (Covid-19) foram essenciais para o combate à doença, de acordo com informações da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS). “A estrutura e os esforços para a aumentar a capacidade de testes deixaram o Estado em uma posição favorável no combate à doença”, afirmou o consultor de Vigilância, Preparação e Resposta a Emergências e Desastres do escritório da Opas e da OMS no Brasil, Rodrigo Frutuoso.

A avaliação da OMS foi apresentada durante uma reunião com a equipe da Opas, braço operacional da Organização Mundial da Saúde (OMS), e equipes da Secretaria de Estado de Saúde (SES) na sexta-feira (16), em Campo Grande.

O profissional se refere aos equipamentos que serviram para dar mais robustez à estrutura de combate ao novo coronavírus, alguns adquiridos por meio de parceria entre os governos federal e estadual e outros adquiridos com uso de verbas próprias do Estado.

Entre a aparelhagem estão dois equipamentos de extração automatizada, dois detectores e um freezer para acondicionamento de exames. Essa estrutura permitiu que Mato Grosso do Sul passasse a realizar exames que não eram feitos aqui antes da pandemia.

Futuro

Apesar de aumentar a capacidade de testagem da Covid-19 em até três vezes quando adquiridos, os aparelhos servem também para fornecer ao Estado novos testes. Segundo o diretor do Lacen-MS, Luiz Henrique Demarchi, as máquinas podem fazer exames de biologia molecular de fungos e outros vírus, como febre do nilo, febre mayaro, hantavírus PCR, citamegalovírus e herpes. Antes da aquisição dos equipamentos, as amostras eram enviadas a outros estados.

Ainda de acordo com a avaliação da OPAS, o Lacen/MS se tornou uma referência em testagem na região, além de reforçar a importância do Sistema Único de Saúde (SUS).

Retração lenta

A capacidade dos novos aparelhos para detecção de outras infecções pode ser utilizada mais daqui para frente com a regressão dos números da Covid-19 no estado.

De acordo com o Boletim Epidemiológico da SES divulgado nesta sexta-feira (16), os 546 novos casos e nove mortes por Covid-19 indicam queda desde o começo de setembro.

As mortes recentes ocorreram em Miranda, Campo Grande, Cassilândia, Coxim, Dourados, Jardim, Maracaju e Três Lagoas. As vítimas tinham idade entre 59 e 82 anos e todos apresentaram comorbidades associadas ou fatores de risco.

Só nesta semana foram confirmados 1.980 casos e 83 mortes pela doença no Estado. Dos 76.457 casos confirmados desde o início da pandemia, 70.957 já estão recuperados.

De acordo com o titular da SES, Geraldo Resende, neste sábado (17), se encerra mais uma semana epidemiológica e aponta para número menor de casos. “Parece que vamos repetir número de antes do pico, de junho, e isso mostra que felizmente a doença está tendo um descanso no Estado”, explica.

Secretária-adjunta de Saúde, Christine Maymone, disse que, mesmo com a tendência de queda, a população deve continuar seguindo medidas de prevenção.