CGN/LD
Análise de amostra enviada ao Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública) descartou o segundo caso suspeito de febre oropouche que estava sob investigação em Mato Grosso do Sul. A paciente é uma mulher que esteve no Acre e voltou com sintomas da doença e acabou constatado que se trata de malária.
A Secretaria Estadual de Saúde explica que "as amostras suspeitas de arboviroses são enviadas para a detecção de zika (Z), Dengue (D) ou chikungunya (C). A técnica inicial utilizada é o RT-PCR, a mesma empregada para diagnosticar a covid-19 e outros vírus respiratórios. Se as amostras resultam negativas para zika, Dengue e chikungunya, seguindo o protocolo ZDC, elas passam por uma segunda rodada de RT-PCR para detectar os arbovírus oropouche e mayaro".
Até agora, um caso foi confirmado em Mato Grosso do Sul este ano, "importado" da Bahia. Mulher de 42 anos, moradora de Campo Grande, voltou de lá com os sintomas e exames confirmaram o diagnóstico
Essa febre é uma doença viral causada pelo vírus Oropouche (OROV), que é transmitido principalmente por mosquitos do gênero Culicoides, conhecidos como mosquitos-pólvora ou maruins.
Entre os sintomas, que surgem de 4 a 8 dias após a picada do mosquito infectado, estão febre alta de início súbito, dor de cabeça intensa, dor muscular e articular, náuseas e vômitos, fotofobia (sensibilidade à luz) e erupções cutâneas (menos frequentes).
Já sobre a malária, está sob suspeita qualquer pessoa que resida ou tenha viajado para áreas com potencial de transmissão nos 8 a 30 dias anteriores ao início dos sintomas e que apresente febre, acompanhada ou não de sintomas como cefaleia, calafrios, sudorese, cansaço e mialgia. Também são considerados suspeitos os indivíduos submetidos a exames de malária durante investigações epidemiológicas.
A SES enfatiza a importância de procurar serviços de saúde ao apresentar sintomas após viagens para regiões endêmicas. Neste ano, o Estado confirmou três casos, enquanto em 2023 foram registrados 16 pessoas com malária.