VERSÃO DE IMPRESSÃO
Ciência e Saúde
19/05/2023 16:54:00
Idosa morre de dengue hemorrágica e família aponta negligência em atendimento

CGNews/LD

A Polícia Civil vai investigar denúncia de suposta negligência no atendimento a uma idosa de 72 anos que morreu depois de ser atendida por três vezes na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Dourados, cidade a 251 km de Campo Grande. Moradora na Vila Cachoeirinha, Maria Elizabeth da Silva morreu no mês passado, mas o boletim de ocorrência foi registrado hoje (19) na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário).

De acordo com a denúncia feita na polícia pelo filho dela, Marcio Valdick da Silva, 44, no dia 17 de abril, Maria Elizabeth reclamava de dores e foi levada à UPA, na Rua Coronel Ponciano. No local, os atendentes informaram que ela estaria com cólica renal. Medicada, ela foi liberada para voltar para casa.

Como as dores continuavam, no dia seguinte a idosa foi novamente levada para a UPA e mais uma vez recebeu medicação para cólica renal, dessa vez na veia. Liberada após a medicação, ela foi levada para casa, mas as dores continuaram e cada vez mais fortes, segundo os familiares.

No dia 19, Maria Elizabeth foi levada pela terceira vez até a UPA, agora pela neta. Ela reclamava de muitas dores no estômago, nas costas e nas pernas e apresentava vômito. Mais uma vez, a idosa recebeu medicação para controlar a suposta cólica renal. Segundo a neta, a idosa passou por exame de sangue e os atendentes teriam dito que estava “tudo normal”.

Na noite de 22 para 23 de abril, Maria Elizabeth voltou a passar mal e começou a vomitar sangue por todos os cantos do quarto. Ela foi levada pelo filho e pela neta a um hospital particular. Após duas paradas cardiorrespiratórias, a idosa foi internada na UTI.

Segundo a ocorrência policial, o médico que atendeu a moradora no hospital particular relatou que ela estava com dengue hemorrágica. O tratamento para controlar a cólica renal teria agravado o quadro da paciente. Maria Elizabeth foi transferida para o Hospital da Vida, onde morreu em decorrência da doença.

De acordo com o filho dela, o boletim de ocorrência foi registrado apenas agora porque a família estava esperando ter acesso aos prontuários de atendimento na UPA. Através da assessoria de comunicação, a prefeitura informou que o prefeito Alan Guedes (PP) mandou instaurar procedimento para investigar o caso.