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O Espírito Santo já registra 112 casos confirmados de malária, até a manhã desta sexta-feira (10). Em Vila Pavão, onde um laboratório foi montado para monitorar a doença, já foram registrados 92 casos. E em Barra de São Francisco, 20.
Além dos registros confirmados, uma pessoa morreu por causa da doença. Foi o idoso Ailton Pereira da Silva, de 76 anos, que morreu na última semana.
Para conter o avanço da doença, repelentes começaram a ser distribuídos de graça para a população de Vila Pavão após a confirmação dos casos. A cidade também recebeu um carregamento de inseticidas.
Além das ações de prevenção, os municípios receberam testes rápidos, que são aplicados em idosos, crianças e grávidas, e dão um resultado em 15 minutos.
As pessoas desse grupo prioritário, caso sejam diagnosticadas com malária, são internadas imediatamente no hospital.
A malária é uma doença comum em estado do Norte do Brasil. A transmissão ocorre pela picada do mosquito Anopheles stephensi, chamado de mosquito prego, que também se reproduz em água parada.
Suspeita é de que doença chegou do Norte
A suspeita é de que a doença chegou à Vila Pavão com uma pessoa que veio da região Norte. Mas os médicos acreditam que é pequeno o risco do protozoário chegar até a região metropolitana de Vitória, já que o mosquito transmissor vive em matas mais comuns no interior do estado.
Vila Velha
Um caso de malária foi detectado numa idosa, de 82 anos, em Vila Velha, na Grande Vitória. A informação é da Secretaria Municipal de Saúde.
A mulher é moradora de Vila Pavão, mas foi ao município da Região Metropolitana para visitar uma filha, que mora no bairro Riviera da Barra.
O caso está sendo monitorado pelo município porque, apesar de já ter sido constatado que a doença foi contraída em Vila Pavão, o diagnóstico foi dado em Vila Velha.
Situação de emergência
Por conta do número de casos, a prefeitura de Vila Pavão decretou situação de emergência de Saúde nesta segunda-feira (6). Esta é a a primeira vez que o Espírito Santo registra a forma mais grave da doença.
De acordo com a prefeitura, o decreto de situação de emergência autoriza a adoção de medidas administrativas necessárias à contenção do surto, especialmente, a aquisição pública meios necessários ao atendimento emergencial à população.