Midiamax/LD
Diante do pedido da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul para determinação de lockdown, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) afirmou que Campo Grande tem leitos para atender os pacientes com coronavírus. O prefeito defendeu que a Capital não precisa de lockdown neste momento e que não há um colapso na saúde.
Em live transmitida pelo Jornal Midiamax, o prefeito afirmou que recebeu a notícia sobre o pedido da Defensoria com surpresa. “Seria um impacto negativo fechar toda a cidade sem fechar a macrorregião. Estamos aguardando para a gente se manifestar e mostrar os números, não há colapso na nossa cidade. Estamos em condições suficientes de atender pessoas que precisam de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva)”, ressalta.
Marquinhos Trad afirmou que neste momento acredita que o lockdown não é necessário. “Só caso aconteça um pico fora do comum, tudo pode acontecer, mas neste momento não há razão para lockdown dentro de Campo Grande”.
O titular da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), José Mauro Filho, informou o HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) deve receber mais 20 leitos de UTI para pacientes com coronavírus. Ele comentou sobre a taxa de ocupação dos leitos de UTI no hospital, que chegou a 98%.
“O Hospital Regional é a porta de entrada, desde o início os pacientes são encaminhados para o Regional e saem de lá com o diagnóstico para os hospitais de retaguarda. Os leitos contratualizados só podem receber os pacientes que já têm o diagnóstico de Covid-19, como ele é o hospital de referência, ele vive com a taxa de ocupação maior”, explica. O secretário da Sesau também ressaltou que o município deve receber 40 respiradores do Ministério da Saúde no prazo de 10 dias.
O secretário José Mauro Filho ainda ressaltou que estamos em uma época que favorece a ocorrência de doenças respiratórias, mas acredita que a situação deve estabilizar em breve. “O próprio boletim do estado traz redução de óbitos e casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), isso deve ser uma tendência nas próximas semanas”, pontua.
O procurador-geral do município, Alexandre Ávalo, explica que a Prefeitura ainda deve ser notificada oficialmente sobre o pedido da Defensoria e que o juiz pode marcar uma audiência para ouvir as partes. Ele diz que a Defensoria analisa a necessidade de lockdown com base em projeções.
“A posição de órgãos saúde municipais é de que hoje, 4 de agosto, não temos elementos para fixar lockdown. Diariamente, esses dados são analisados Não somos a favor, nem contra, mas tomamos a medida com a fotografia diária da doença”.